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Inversão de fluxo: saiba o que é e como resolver o problema Inversão de fluxo: saiba o que é e como resolver o problema
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Entenda tudo sobre Inversão de Fluxo

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

Você sabe o que é inversão de fluxo? Trata-se de um evento capaz de influenciar consideravelmente a distribuição de energia. Ela acontece sempre que a energia produzida pelos sistemas de geração distribuída ultrapassa a demanda dos usuários conectados na mesma rede. É o tipo de fenômeno que pode levar à sobrecarga, interrupções no fornecimento de energia e desequilíbrio de tensão.

Nos estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, as concessionárias de energia estão emitindo orçamento de conexão com imposição de limitação de injeção de energia. A alegação para esta prática é a necessidade de contornar problemas que podem ser ocasionados pela inversão de fluxo de potência.

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Para tanto, as distribuidoras de energia se amparam no Art. 73 da REN 1000. O dispositivo legal em questão dispõe que: 

“caso a conexão nova ou o aumento de potência injetada de microgeração ou minigeração distribuída implique inversão do fluxo de potência no posto de transformação da distribuidora ou no disjuntor do alimentador, a distribuidora deve realizar estudos para identificar as opções viáveis que eliminem tal inversão…”.

Mas, primeiramente, o que é fluxo de potência?

Fluxo de potência ou fluxo de carga são acessos percorridos pela potência ativa e reativa nos elementos componentes do sistema elétrico. Portanto, o fluxo de potência define o comportamento das grandezas elétricas, ou seja, correntes, tensões e potências nas extensões dos circuitos do sistema elétrico.

Sendo assim, para entender se as variações de tais grandezas poderão degradar a estabilidade da rede, é necessário fazer um estudo do fluxo de potência. Esse estudo tem o escopo de prever o comportamento das variáveis elétricas citadas acima em um sistema elétrico. Assim, é possível garantir que todos os critérios se encontram dentro dos limites que os equipamentos suportam na rede.

É uma forma de prever quais serão os valores das variáveis elétricas em diversos pontos do sistema analisado, em situações normais de operação. Para aplicar tais medidas é preciso usar softwares específicos de simulação da rede elétrica. Eles devem basear-se em formulações matemáticas a fim de saber quais são os valores, partindo da modelagem do sistema.

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A modelagem, portanto, considera as cargas, as gerações, as linhas de transmissão e a distribuição. Além disso, leva em conta os transformadores e demais equipamentos componentes do sistema elétrico. No modelo clássico do Sistema Interligado Nacional (SIN), o sentido normal do fluxo de potência sai dos grandes centros geradores e é direcionado aos consumidores.

É importante ressaltar que há diversas fontes de gerações com cargas diferentes. Por isso, o sistema opera de forma prevalentemente radial, especialmente nos de distribuição. 

Quando acontece uma inversão de fluxo, a concessionária identifica determinados pontos de seu sistema em que o fluxo se dirige no sentido contrário ao convencional. Isso quer dizer que o conjunto de gerações distribuídas daquele local supre toda a demanda das cargas e ainda gera um excedente. E este é enviado para a rede operada pela concessionária.

Contudo, a inversão de fluxo em si não chega a ser um problema para o sistema. A complicação se estabelece quando o fluxo de potência reverso provoca violação dos limites de carregamento dos equipamentos da rede elétrica. 

Também há um problema quando os módulos de tensão dos barramentos superam os limites de operação. Em suma, a inversão de fluxo se torna prejudicial quando leva a rede elétrica de onde ele flui a sair de um estado sem violações para outro com instabilidade ou violação.

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E de que forma um integrador ou um consumidor final pode lidar com a inversão de fluxo e viabilizar a instalação de um sistema fotovoltaico?

A REN 1000 esclarece que, caso ocorra uma inversão de fluxo, a distribuidora deve realizar estudos que identifiquem as alternativas viáveis para eliminar o problema. Mas, tecnicamente, a inversão de fluxo pura e simples não deve ser tomada como parâmetro de reprovação. Isso porque nem sempre a inversão causa algum impacto na operação da rede.

Um estudo mais profundo precisa ser apresentado demonstrando a inversão e indicando os locais do sistema passíveis de sofrer aumento dos limites operacionais. 

Isso é importante para demonstrar transparência em relação aos clientes. Dessa forma, se mantém um bom relacionamento entre os consumidores e as concessionárias de energia.

E o que fazer diante desse dilema?

O integrador recisa saber que pode acontecer inversão de fluxo de potência, sim. Mas, a alegação da distribuidora só deve ser aceita caso a concessionária de distribuição comprovar, mediante motivação e detalhamento o que está alegando. 

Muitas reclamações são resolvidas por meio de respostas padrão emitidas pelas concessionárias, que usam o §1º do Art. 73 da REN 1.000/2021 como alicerce para seu comunicado. No entanto, não disponibilizam os estudos conclusivos.

É importante destacar que o art. 78 da mesma resolução obriga a concessionária de energia a fornecer os estudos dentro de 10 dias. A partir desse ponto, o integrador deve averiguar se a companhia avaliou cada uma das hipóteses expostas no art. 73 da referida resolução. Uma delas é a restrição de injeção em determinados horários.

Segundo a norma, a concessionária de energia precisa analisar todas as hipóteses descritas, escolhendo a de menor custo global de obra para conexão. Para realizar novas conexões, a resolução prevê a hipótese de indicar opções viáveis para evitar as inversões, como:

    • Redução da potência gerada em dias e horários específicos ou de forma dinâmica;
    • Reconfiguração dos circuitos e redistribuição da carga;
    • Utilização de outro circuito elétrico para a conexão;
    • Conexão em uma tensão mais alta;
  • Redução permanente da potência gerada.

Na maioria das vezes, os orçamentos de conexão são emitidos sem a devida demonstração da inversão de fluxo. Da mesma forma, não se demonstra a máxima capacidade de conexão/escoamento sem inversão de fluxo

E isso viola a resolução. Da maneira que as decisões são tomadas, as Concessionárias apenas apontam uma hipótese inviabilizadora da operação, sem demonstrar a análise das hipóteses possíveis, nem que um estudo foi feito, atestando a inversão de fluxo.

Para dar início à resolução do problema, a primeira providência a ser tomada é requerer junto à concessionária de energia o acesso aos estudos que embasaram a instrução e revisá-los. Caso seja preciso, é possível recorrer à ouvidoria da empresa e à ANEEL. Se o conflito não for solucionado, a Justiça pode ser acionada.

Confrontando o problema da inversão de fluxo 

Para garantir o melhor funcionamento da rede elétrica é importante fornecer energia eficiente e confiável. Assim, diante desse desafio, é essencial pensar em estratégias eficazes para contornar problemas, como interrupções e sobrecargas no fornecimento de energia.

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A adoção de práticas adequadas para enfrentar a inversão de fluxo faz com que as distribuidoras promovam uma qualidade de serviço melhor ao consumidor. 

Além do mais, a análise pormenorizada e um bom planejamento são vitais para a identificação das soluções mais eficientes, sustentáveis e alinhadas às atuais demandas da sociedade. 

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