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Alta de preços dos painéis solares com o possível boicote à China Alta de preços dos painéis solares com o possível boicote à China
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Possível boicote à China pode acelerar alta de preços dos painéis solares

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

Europa e Estados Unidos estão prestes a desacelerar a descarbonização de suas economias. O motivo: uma ameaça de restrição da participação de empresas chinesas em suas cadeias de suprimento de energia renovável. O alerta foi dado pela maior empresa fabricante de painéis solares do mundo, já que esse boicote pode acelerar alta de preços dos painéis solares. E, sem o envolvimento da China nesse processo, o preço dos painéis solares deve ficar o dobro do atual.

A China responde por mais de 80% da produção mundial de painéis solares, portanto, domina a fabricação desses equipamentos. Isso, depois de décadas recebendo suporte estatal intenso, muita competição local e um rápido crescimento da demanda doméstica.

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Entretanto, diante do intenso volume de importações da China, líderes industriais e políticos estão solicitando uma diversidade maior no fornecimento de painéis. Além disso, demonstram preocupações de segurança quanto ao uso de componentes fabricados na China com infraestruturas críticas. Contudo, essa movimentação pode acelerar alta de preços dos painéis solares.

Possível boicote pode acelerar alta de preços dos painéis solares – os preços podem dobrar

alta de preços dos painéis solares

A Longi detém aproximadamente 20% do mercado global de módulos fotovoltaicos. E, segundo seu vice-presidente Dennis She, em declaração ao Financial Times, os países ocidentais “pelo menos desacelerariam” suas transições para deixar os combustíveis fósseis se reduzissem o fornecimento de energia solar da China. Dennis She advertiu, ainda, que, sem a participação da China, o custo dos painéis solares produzidos em países como os EUA, seria o dobro.

E, para alcançar a meta de gerar 42,5% da energia produzida por fontes renováveis até 2030, a Europa fabrica menos de 3% dos módulos solares necessários. She alerta que a importação de maiores volumes da China representa a abertura de mais postos de trabalho nas etapas que sucedem a cadeia de suprimentos.

Isso sem falar na fabricação de painéis, com a construção de novos empreendimentos de energia solar, engenharia, design e instalação. De acordo com Dennis She, não é preciso eliminar a maioria dos empregos posteriores à cadeia de suprimentos para proteger 1% dos empregos europeus no setor de fabricação de painéis solares. Isso não faria sentido.

Possível boicote pode acelerar alta de preços dos painéis solares – indústria de tecnologia limpa da China

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A análise da situação atual acontece durante uma preocupação crescente no ocidente quanto aos subsídios de Pequim para suas indústrias de tecnologia limpa. Vale lembrar que isso inclui baterias, energia eólica e veículos elétricos.

O temor gira em torno de um aumento da capacidade de fabricação chinesa acima dos níveis necessários para atende à demanda doméstica. Isso estaria levando a práticas comerciais injustas, uma vez que as fábricas chinesas estão lotando o mercado internacional com suas exportações.

Recentemente, um grupo de Senadores americanos, com os dois principais partidos envolvidos, solicitou ao presidente Joe Biden um aumento das tarifas sobre importações de painéis solares fabricados na China. O argumento reside na dificuldade de “relocalizar” a fabricação doméstica em virtude dos altos subsídios dados aos produtos chineses.

Acrescentaram, ainda, que a supercapacidade chinesa significava uma ameaça existencial à segurança energética dos EUA. No entanto, um boicote pode acelerar alta de preços dos painéis solares e prejudicar a aceleração da descarbonização no ocidente.

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Vale destacar que a China resistiu a diversas investidas tarifárias dos EUA e da Europa nos últimos 15 anos. E, em resposta ao protecionismo ocidental, a indústria deste setor chinês está expandindo cada vez mais sua capacidade de produção e mais próxima dos clientes no exterior, inclusive nos EUA.

Driblando restrições?

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Contudo, algumas empresas tentaram transferir suas produções para o sudeste asiático, que foram vistas pelos EUA como formas de driblar as restrições. Assim, fabricantes, incluindo uma subsidiária da Longi, foram apontadas pelos EUA como culpadas por usarem a fabricação estrangeira para evitar as tarifas sobre componentes produzidos na China.

A maioria dos produtos da Longi são fabricados na China. No entanto, a fabricante também mantém fábricas na Malásia e no Vietnã e pretende montar uma nova fábrica na Índia. Dessa forma, para amenizar o agravamento do risco geopolítico, Dennis She declarou que tenta, cada vez mais, trabalhar com países na tentativa de determinar uma capacidade maior de produção de equipamentos fotovoltaicos. Isso, até mesmo, por intermédio de parceiros locais em joint ventures.

Esse intento inclui os EUA, onde o grupo listado em Xangai constituiu um joint venture com a Invenergy em Ohio. A Longi, também, está em processo de negociações para entrar na Arábia Saudita com a intervenção de um parceiro do país.

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Mas, apesar de todos esses obstáculos, a energia solar em residências, no Brasil, avança rapidamente e triplicou em dois anos, pulando de 565 mil em outubro de 2021 para 1,7 milhão no mesmo período deste ano. Durante esse tempo, a potência instalada ficou próxima da capacidade da usina de Itaipu (14 GW). Dessa forma, passou de 3,5 GW para 12 GW.

Os dados foram disponibilizados pela ABSOLAR e incluem módulos fotovoltaicos instalados em casas e edifícios de apartamentos. Além disso, englobam a energia solar por assinatura. Portanto, de janeiro a outubro de 2023, os investimentos injetados nessa modalidade de produção de energia aumentaram de R$ 44,3 bilhões para R$ 60,5 bilhões. Agora, estão ainda mais altos.

Cada dia mais adeptos percebem os benefícios da energia solar em diversos aspectos, da economia à sustentabilidade. Venha você, também, fazer parte desse novo mundo. Continue aqui no blog e saiba tudo o que acontece no universo da energia solar.

Você sabia que o mercado oferece linhas de financiamento específicas para a adesão às energias renováveis? Alguns exemplos de instituições são o Santander e a Sol Agoraque oferece financiamento inteligente e totalmente digital.

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