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Desastres climáticos: em 2023 o Brasil bateu recorde Desastres climáticos: em 2023 o Brasil bateu recorde
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Brasil registrou recorde de desastres climáticos em 2023

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

O ano de 2023 foi constatado por cientistas como o mais quente já registrado na história. E, deixou marcas no Brasil em um período de recorde de desastres climáticos, como secas, inundações e deslizamentos, afetando milhares de pessoas.

Ao longo do ano que passou, foram mapeados pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) 1.161 eventos relacionados a desastres climáticos. O Cemaden é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Dos 1.161 eventos registrados, 716 ocorrências foram relacionadas a eventos envolvendo recursos hídricos, como transbordamento de rios. Os demais 445 resultaram de incidentes geológicos, como deslizamentos de terra.

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De acordo com o Cemaden, os desastres climáticos superam 2022 e 2020

desastres climáticos

O ano passado foi peculiar em relação ao clima, começando pela transição brusca entre o fenômeno La Niña para o El Niño. Essa rápida mudança causou forte impacto no padrão das chuvas, quando comparada à média histórica. Segundo Regina Alvalá, diretora do Cemaden, em 2023, os índices de chuvas registrados foram muito altos no Sul e muito baixos no Nordeste e no Norte.

A executiva relata que essa mudança no clima repercutiu em todo o processo climático, uma vez que com o oceano mais quente, o volume de vapor d’água aumenta na atmosfera. E isso acentua as chuvas, que provocam desastres climáticos.

No dia 17/01 foi apresentado o balanço dos impactos climáticos sobre as cidades brasileiras durante uma reunião do centro de pesquisa. Dessa forma, os pesquisadores enfatizam que os incidentes continuam com o padrão de envios de alertas para desastres climáticos. E eles se concentram nas capitais e regiões metropolitanas do leste do país, ou seja, no litoral.

A maior parte das ocorrências e alertas de desastres climáticos acontecem na faixa que se estende da Bahia até o Rio Grande do Sul. Contudo, o topo do ranking ficou com Manaus, que enfrentou uma temporada de intensas chuvas depois de uma seca recorde.

Os desastres climáticos causaram todo tipo de prejuízo

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De acordo com o MCTI, o rastro deixado pelos desastres climáticos somou 132 mortes, 74,7 mil desabrigados, 9,2 mil feridos e 525 mil desalojados. As pessoas mais afetadas, no entanto, foram aquelas que vivem em áreas de risco, com menos recursos.

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil alerta que há pelo menos 10 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco no Brasil. Nessas regiões, os impactos das mudanças climáticas costumam ser ainda mais intensos.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comentou sobre os desastres climáticos que levaram o Rio de Janeiro ao decreto de emergência em 12 municípios. Na ocasião, a ministra observou a recorrência do racismo ambiental expresso pelas tragédias. E isso é algo que vem sendo alardeado há algum tempo pelas populações do mundo todo.

Quanto aos prejuízos materiais, segundo o Cemaden, foi preciso injetar mais de R$ 5 bilhões instalações públicas, em obras de infraestrutura e unidades habitacionais. Os prejuízos econômicos, por sua vez, foram estimados em quase R$ 25 bilhões em gastos privados e públicos.

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Os desastres climáticos adentraram 2024

Com a virada do ano, as chuvas persistiram com o intenso calor. E, a OMM (Organização Meteorológica Mundial prevê um 2024 ainda mais quente que o ano anterior. Em janeiro, as tempestades deixaram milhares de pessoas no escuro no Rio Grande do Sul, 545 desabrigados e 4 mortos em São Paulo.

Ondas de calor mais frequentes

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Segundo especialistas, os desastes climáticos são caraterizados també m por ondas de calor acontecem quando temos uma temperatura acima da média por um período de mais de cinco dias. Elas são comuns todos os anos na “transição” entre a primavera e o verão.

De acordo com o Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemaden), nessa época, a Terra já está mais exposta ao Sol com a proximidade do verão. E as temperaturas altas ocorrem porque é uma temporada sem chuva e, com isso, menos nuvens para impedir a passagem de tanto calor.

Além de ondas de calor mais intensas, estamos vendo isso acontecer com mais frequência. Já tivemos muitas ocorrências no Brasil em 2023 e de forma sequencial. Foram registradas nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro e janeiro de 2024.

Segundo o Climatempo, o planeta mais quente é que faz com que tenhamos mais sequências de dias com temperaturas acima da média – condição da onda de calor – e que isso é resultado das mudanças climáticas. O aquecimento global mexe com tudo e bagunça qualquer tipo de evento. Estamos tendo eventos mais extremos e mais frequentes.

Energia solar como solução aos desastres climáticos

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