As mudanças climáticas estão cada dia mais evidentes e assustadoras. Na última sexta-feira, dia 14/10, foi o Dia do Meteorologista. E, neste dia, um relatório da WMO (Organização Meteorológica Mundial), alertou para a necessidade de aumentarmos os investimentos em energia renovável.
De acordo com a publicação, o fornecimento de energia por meio de fontes limpas precisa dobrar dentro dos oito anos seguintes. Isso é fundamental para que possamos minimizar o aumento da temperatura no mundo, como consequência do aquecimento global.
Segundo o parecer da entidade, as promessas de investimentos em energia renovável feitas atualmente ainda são baixas. Eles representam menos da metade do que precisamos para atingir as metas que foram estipuladas no Acordo de Paris. Tais metas exigem que sejam instalados 7,1 TW de capacidade de energia limpa até 2030.
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Investimentos em energia renovável – aportes precisam triplicar até 2050
Além dos investimentos em energia renovável, citados acima, a organização apontou que os aportes devem, também, triplicar até 2050. Isso é fundamental para que o mundo possa alcançar a tão discutida neutralidade de carbono, cada dia mais difícil de cumprir.
Essa é uma meta encabeçada pela ONU (Organização das Nações Unidas), por intermédio da Convenção do Clima. O tema conquistou uma forte mobilização mundial e tem o objetivo de mitigar o aquecimento global, mantendo no máximo de 2º C, até o final deste século. Isso partindo do fim das emissões de gases poluentes até o final de 2050.
Segundo o secretário geral da WMO, Petteri Taalas, o aumento de investimentos em energia renovável pode contribuir para reduzir em até 75% as emissões de gases de efeito estufa. Isso em âmbito global, até 2030. Por isso, Taalas insiste que a troca de fontes poluentes pelas renováveis, como eólica e solar é vital para alcançarmos o objetivo traçado. Além disso, é necessário aperfeiçoar ações de eficiência energética.
Nosso tempo já é curto e o clima está mudando a olhos vistos. Portanto, uma transformação total no nosso sistema de produção de energia é urgente e crucial.
Investimentos em energia renovável : sobre o estudo
A WOM divulga relatórios anuais desde o ano de 2019, com atualizações sobre o cenário climático global. Isso é feito em resposta a um pedido da ONU para que se obtenha mais informações acerca das necessidades de adaptação dos países quando o assunto é aquecimento global.
Neste ano, o relatório foi apresentado na quinta-feira, dia 13, na Escócia. A edição teve, então, a contribuição da IAE (Agência Internacional de Energia), da IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Colaborou, ainda, a IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável) e outras organizações ligadas à sociedade civil e ao setor privado.
Brasil atingiu 20 GW de potência instalada e os principais motivadores
O Brasil atingiu 20 GW de potência instalada e a ABSOLAR apontou os principais motivos para os resultados positivos desse segmento nos últimos meses. Trata-se das grandes usinas que produzem em escala e dos pequenos sistemas de geração em pequena escala. São as fachadas, os telhados e os pequenos terrenos.
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De acordo com mapeamento feito pela entidade, houve uma comprovação entre os meses de janeiro e agosto de 2022. Assim, foi constatado que a potência instalada de energia solar no Brasil aumentou 38,4%, passando de 13 GW para 18 GW. Com isso, garante uma expansão considerável.
Além disso, os últimos três meses apresentaram resultados ainda mais promissores. Isso porque a potência instalada cresceu 1 GW por mês e, assim, colocou essa fonte limpa e renovável em terceiro lugar como a maior fonte na matriz energética nacional.
Energia limpa e renovável em alta: motivos para aderir
Expandir o investimento em energia renovável é fundamental e o mundo todo já está bem ciente disso. É preciso tentar evitar uma catástrofe climática e muitos países já se distanciam cada vez mais do consumo dos combustíveis de origem fóssil. Assim, em relação à energia elétrica, estamos nos referindo ao gás natural e ao carvão. Então, agora, a meta é impedir que a temperatura do globo avance os 1,5ºC de seus níveis pré-industriais.
Solar e eólica: energias renováveis em alta
E, por falar em energias renováveis em alta, a eólica e a solar estão em evidência, embora a hidrelétrica ainda represente 64% da produção nacional. O mercado das renováveis, portanto, é promissor e já responde por 1,158 milhão de empregos no setor, pelo país afora. Assim, já é o segundo maior mercado do mundo, atrás somente da China, de acordo com a IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável). No entanto, o maior número das vagas ainda se encontra no setor hidrelétrico, apesar do crescimento acelerado do setor eólico e solar.
A matriz hidrelétrica brasileira passa por uma crise sem precedentes. Com as mudanças climáticas em curso, as variações do regime de chuvas resultam em uma necessidade cada vez maior por soluções alternativas, ou seja, renováveis. Com isso, as oportunidades de criação de empregos também se multiplicam de forma incomparável aos demais segmentos do mercado. E o investimento em energia renovável pode aumentar.
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Dessa forma, há expectativas de mudanças importantes no perfil da participação das diversas fontes de energia, ao longo da década. Com isso, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia do Ministério de Minas e Energia, a eólica deve saltar de 9% (2019) para 16%, em 2029. Já, a energia solar deve quadruplicar e saltar de 2% para 8%.
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