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Saiba tudo sobre cooperativas de energia solar e como funcionam

por Redação Aldo Solar
Publicado Última atualização em

Uma cooperativa de energia solar, também conhecida como cooperativa de geração distribuída (GD), é uma organização formada por um grupo de pessoas ou empresas que se unem para gerar a própria energia a partir de fontes renováveis, como a solar. 

Essas cooperativas visam compartilhar os benefícios da geração distribuída, permitindo que os membros reduzam seus custos com energia elétrica e contribuam para um sistema energético mais sustentável.

Essas cooperativas funcionam por meio da instalação de painéis solares em uma área comum ou em propriedades individuais dos membros. A energia gerada é então distribuída entre os cooperados conforme a participação de cada um na cooperativa.

Além de reduzir a conta de luz dos cooperados, as cooperativas de energia solar também podem vender o excedente de energia gerada para a rede elétrica, gerando mitigação dos custos para a cooperativa.

Quem pode participar de uma cooperativa de energia solar?

Hoje, todos que se interessam podem se associar a uma cooperativa de energia solar. Basta concordarem com as regras e preencherem as condições preestabelecidas pela cooperativa escolhida.

As regras são definidas pelo grupo durante sua formação. Por exemplo: quais serão os procedimentos de desligamento de um membro da cooperativa? Isso precisa ser decidido logo de início. Além disso, existe a Lei n.º 5.764/71 , que define regras gerais e matérias que deverão constar no Estatuto Social.

Desde já, fica uma dica: é interessante se capacitar sobre cooperativismo junto ao grupo. Assim, todos estarão alinhados sobre como uma cooperativa funciona, além de conhecer seus direitos e deveres.

Ao decidir formar uma cooperativa de energia solar, todos devem estar na mesma área de concessão da distribuidora ou permissionária. Isso é necessário para que todos possam participar do sistema de compensação de energia.

Como saber se uma cooperativa é uma boa opção para mim?

Agora que você entendeu o que é uma cooperativa de energia solar, pode estar se perguntando se tem perfil para participar de uma cooperativa. Esse realmente é um ponto importante para considerar antes de se associar.

Para te ajudar, vamos listar aqui os princípios do cooperativismo:

  • adesão voluntária e livre;
  • gestão democrática: todos têm iguais poderes;
  • participação econômica dos membros: todos são donos e participam dos resultados;
  • autonomia e independência;
  • educação, formação e informação: a cooperativa fomenta o desenvolvimento humano e profissional dos seus associados;
  • intercooperação: todos se ajudam;
  • interesse pela comunidade: as cooperativas contribuem para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades.

Para saber mais, acesse o site da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Participar de uma cooperativa de energia solar oferece vantagens como redução de custos, já que o investimento inicial é compartilhado entre os membros, tornando a energia solar mais acessível. Além disso, há simplicidade na gestão, com a manutenção e operação do sistema sendo responsabilidade conjunta, o que alivia a carga administrativa. 

Por outro lado, há desvantagens como menor controle individual, pois as decisões são tomadas coletivamente, limitando sua autonomia. Além disso, existem riscos de gestão, onde a eficiência da cooperativa depende da qualidade da administração. 

Por fim, o retorno do investimento pode ser mais lento, já que os benefícios e custos são compartilhados, prolongando o tempo de recuperação do investimento inicial.

Decidir se uma cooperativa de energia solar é a melhor opção para você depende de suas preferências por controle, investimento inicial, e velocidade de retorno. 

Se você valoriza a simplicidade e os custos mais baixos, a cooperativa pode ser ideal. Se a autonomia e um retorno financeiro mais rápido são mais importantes, um investimento próprio pode ser a escolha certa.

Como estruturar uma cooperativa de energia solar?

Primeiramente, para criar uma cooperativa você deve seguir determinados passos. O primeiro deles é formar o seu grupo de no mínimo 20 pessoas. Esse grupo é responsável por definir os objetivos e princípios da cooperativa.

Logo, seu grupo deve buscar a OCB para encontrar apoio na constituição da cooperativa. O grupo deverá estudar a viabilidade e o plano de negócios. Além disso, será preciso estruturar e definir as regras e tratar da fundação e formalização perante as instituições.

Ainda mais, toda cooperativa deve ser formada por:

  • assembleia geral: o órgão máximo de decisão na cooperativa e tem poderes para decidir sobre o rumo da cooperativa;
  • conselho administrativo: encarregado do processo decisório da cooperativa, no âmbito da estratégia. O conselho recebe poderes dos cooperados e presta contas a eles por meio de assembleia geral;
  • conselho fiscal: fiscaliza os atos da administração da cooperativa. É subordinado apenas à assembleia geral, portanto, independente dos órgãos de administração.

Quais são os modelos de negócio para uma cooperativa de energia solar?

A cooperativa de geração distribuída pode assumir diferentes modelos de funcionamento. Tudo depende dos interesses dos cooperados.

São 3 opções de modelos de negócio. Veja!

1. Modelo com recursos próprios

Uma vez reunidos, os cooperados investem em conjunto, com capital próprio, em um ou mais geradores fotovoltaicos.

A energia produzida é utilizada para compensar as contas de energia dos próprios associados. Após o início da operação, há um pequeno fluxo de capital dos cooperados para o rateio das despesas das atividades da própria cooperativa, como prestadores de serviço e manutenção dos geradores. 

O retorno do capital investido resulta da economia na própria conta de energia.

Principais atores e relacionamento entre eles:

  • cooperados;
  • cooperativa;
  • empresa fornecedora do gerador;
  • empresa de manutenção do gerador.

Como estruturar?

Cooperados formam uma cooperativa que, por sua vez, contrata uma empresa para fornecimento e instalação dos geradores fotovoltaicos e outra de manutenção (pode ser a mesma fornecedora).

2. Modelo com financiamento externo

Caso não disponham de capital próprio para investir no custo parcial ou total dos geradores, os associados podem recorrer a um financiamento externo para adquirir os equipamentos.

Como no modelo anterior, uma vez em funcionamento, o gerador fotovoltaico produz a eletricidade utilizada para compensar as contas de energia dos próprios cooperados.

Após o início das atividades, há um fluxo de capital dos associados à cooperativa para arcar com os custos operacionais, de manutenção do(s) gerador(es) e do pagamento do financiamento assumido.

Como estruturar?

Cooperados formam uma cooperativa e buscam uma instituição financeira para financiar o gerador. Com o capital em mãos, a cooperativa contrata uma empresa para fornecimento e instalação dos geradores e outra de manutenção (pode ser a mesma fornecedora). Após o funcionamento do gerador, os cooperados iniciam o pagamento à instituição financeira.

3. Modelo de locação do gerador fotovoltaico

Neste caso, os cooperados alugam um gerador (ou parte de um) para produzir energia, que será utilizada para compensar suas contas. Cabe lembrar que a geração e a utilização da energia têm que estar dentro da área da mesma distribuidora.

Uma vez instalado o gerador, há um fluxo de capital dos associados à cooperativa para arcar com os custos operacionais e pagar a locação do gerador. Por sua vez, há um fluxo de capital da cooperativa aos locadores do gerador, que se responsabilizam pela manutenção e assistência técnica, podendo também incluir o seguro do equipamento.

Existem empresas instaladoras de geradores fotovoltaicos que utilizam os contratos de performance, nos quais a empresa é paga conforme o desempenho do gerador, com recursos advindos da economia de energia elétrica proporcionada.

Principais atores e relacionamento entre eles:

  • cooperados;
  • cooperativa;
  • empresa fornecedora do gerador;
  • empresa de manutenção do gerador;
  • locador.

Não existe impedimento legal para que a empresa fornecedora, a empresa de manutenção e o locador sejam o mesmo ente legal.

Como estruturar?

O grupo interessado em formar uma cooperativa busca alguém disposto a construir, alugar e manter um gerador fotovoltaico. Em seguida, essas pessoas formam uma cooperativa. A contratação da empresa fornecedora e de manutenção fica a cargo do locador. Após a entrada em funcionamento do gerador, os cooperados iniciam o pagamento ao locador.

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