A adesão à energia solar continua aumentando. Segundo dados da ANEEL e do IBGE, entre os 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, 15 estados já contam com GD Solar em todos seus municípios.
E, como podemos observar, esse indicador simplesmente fortalece a constatação de que a fonte solar tem expandido durante os últimos anos entre os consumidores de energia no país todo.
> Leia mais: Entenda os benefícios da geração distribuída solar no Brasil
No Brasil, 15 estados já contam com GD Solar
Em dezembro de 2021, havia apenas sete estados produzindo energia elétrica por meio da geração distribuída, em todos os municípios. Agora, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, todos os estados já apresentam pelo menos um sistema fotovoltaico de micro e minigeração distribuída conectados à rede em 100% dos municípios. E, 15 estados já contam com GD Solar.
Já, no Sudeste, são 1.668 cidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, e Espírito Santo. Enquanto isso, no Centro-Oeste, há 466 cidades em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, sem falar do Distrito Federal.
Na região Nordeste, dos nove estados, quatro já estão produzindo energia solar por meio da geração distribuída em todos os municípios. Estamos nos referindo, portanto, à Bahia, a Alagoas, ao Ceará e a Pernambuco. O Norte ainda conta apenas com dois estados geradores de energia solar conectada à rede de distribuição em todos os municípios, Tocantins e Rondônia.
A região Sul é, até agora, é a que está mais próxima de contar com todas as localidades dotadas de pelo menos um sistema fotovoltaico de geração distribuída. Hoje, apenas duas entre as 1.191 cidades do Sul não estão conectadas à rede por meio da Geração Distribuída. São elas: Balneário Rincão e Matos Costa.
15 estados já contam com GD Solar no Brasil
No total, são 5.523 dos 5.570 municípios brasileiros com GD Solar, representando um pouco mais de 99,1% de todas as cidades. Assim, temos a produção de mais de 18,33 GW de potência instalada com a participação de 1,76 milhão de sistemas fotovoltaicos operando no país.
Hoje, entre as 47 cidades que ainda não contam com nenhum equipamento fotovoltaico instalado na modalidade Geração distribuída, mais de 70% se encontram no Norte do Brasil. Isso acontece principalmente nos municípios em que o transporte desta tecnologia por intermédio de avião ou de estradas é tida como de acesso difícil.
15 estados já contam com GD Solar no Brasil – confira quais são eles:
- Norte:Tocantins e Rondônia;
- Nordeste:Alagoas; Bahia; Ceará; Pernambuco;
- Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal;
- Sudeste: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo;
- Sul: Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo dados da ABSOLAR, o Brasil ultrapassou 25 GW (gigawatts) em potência instalada de energia solar. Além disso, já tivemos mais de R$ 125 bilhões investidos nesse setor. Sendo assim, segundo o entendimento de especialistas, o Brasil pode se transformar em líder na geração de energia solar. No entanto, ainda enfrentamos embargos que interferem na expansão desta fonte de energia.
> Leia mais: Conheça as novas formas de geração compartilhada pela Lei 14.300
No Brasil, existem cerca de 88 milhões de unidades consumidoras preparadas para produzir sua própria energia, incluindo residências e apartamentos. Mas, entre elas, de acordo com um levantamento feito pela ABSOLAR, apenas 2,2% investem em geradores fotovoltaicos.
Isso acontece porque a evolução do setor solar entra em conflito com questões ligadas à tecnologia na fabricação de equipamentos fotovoltaicos e às políticas públicas insuficientes. Ainda assim, o Brasil tem chances de se tornar líder na geração de energia solar, uma vez que conta com todos os recursos naturais disponíveis para isso.
O Brasil pode ser líder na geração de energia solar?
Sabemos que recursos como painéis solares, que são os equipamentos responsáveis pela captação da luz do sol, são sempre importados, elevando o custo das instalações fotovoltaicas. Conforme entendimento de Bárbara Rubim, as políticas de reindustrialização poderiam diminuir a diminuir esses custos. Dessa forma, teríamos também a chance de transformar o Brasil em um exportador dessas tecnologias.
No entanto, o avanço do setor solar depende, também, de políticas públicas com foco nesse segmento. Uma boa viabilidade seria a criação de programas focados na população de baixa renda. Um exemplo é a proposta da ABSOLAR para substituir a tarifa social de energia elétrica por instalações de equipamentos fotovoltaicos nas moradias das pessoas que usufruem deste subsídio.
Mas, projetos dessa natureza estão previstos no novo Marco Legal da micro e minigeração distribuída, instaurado em 2022 e dedicado à geração da própria energia. Este marco possibilitou a criação do Programa de Energia Renovável Social (PERS), que proporciona o financiamento de sistemas fotovoltaicos para todos os favorecidos pela tarifa social.
A Lei 14.300/22, entre outras providências, define cobranças para os consumidores que geram a própria energia. A partir de agora, portanto, os novos consumidores devem pagar tarifas específicas às distribuidoras de eletricidade. São encargos que, antes, não existiam.
Mas, para aqueles que já investiam na microgeração própria de energia, antes da instituição da nova lei, esses encargos passarão a ser cobrados a partir de 2045. Segundo Bárbara Rubim, então, o marco legal garante mais estabilidade para o setor energético, além de segurança jurídica. Isso porque antes deste marco legal, a regulação da geração própria era feita por resoluções definidas pela ANEEL. Agora, 15 estados já contam com GD Solar no Brasil, então, se houver um foco mais direcionado, o Brasil pode se tornar líder na geração de energia solar.
> Leia mais: Ações sustentáveis na geração de energia elétrica
Leave feedback about this