Você já ouviu falar em fator de simultaneidade? Conforme já dissemos anteriormente, a Lei 14.300/22 instituiu o Marco Legal da Geração Distribuída da energia solar. Dessa forma, os sistemas fotovoltaicos que foram conectados à rede depois de 07 de janeiro deste ano já estão obedecendo às novas regras de compensação de créditos. E, apesar da conquista de uma pequena redução percentual na média mensal em economia, investir em energia solar ainda é muito vantajoso para o consumidor.
Contudo, ainda podemos contar com uma maneira de amenizar os impactos causados pelas novas regras tarifárias. Trata-se de usar a seu favor o fator de simultaneidade. Sabemos que a Lei 14.300/22 definiu uma porcentagem a ser cobrada em tarifa TUSD FIO B dos créditos de energia compensados junto à distribuidora.
> Leia mais: Oportunidades do Marco Legal da Geração Distribuída em 2023
E, como funciona o uso do fator de simultaneidade?
Interessante iniciar com “o que é o fator de simultaneidade?”. Simultaneidade é o consumo de energia no mesmo momento da geração, onde, uma parcela da energia gerada, ou à geração completa, é consumida de forma simultânea, e o restante da geração, se existir, é enviado para a rede elétrica, passando pelo medidor bidirecional e assim, se tornando créditos para o SCEE (Sistema de Compensação de Energia Elétrica).
Quando é consumido energia de forma simultânea, isto é, existe simultaneidade, à mesma não gera nenhum tipo de tarifa adicional pelo seu uso, pois não passa pelo medidor.
Podemos citar como exemplo um imóvel de empresas, indústrias e comércios cujo pico de consumo acontece ao longo do dia. Isso resultará no consumo da energia gerada pelo próprio sistema fotovoltaico, o que minimiza o uso da rede pública. Assim sendo, a energia oriunda da geração própria não recebe nenhum tipo de tarifa. Dessa forma, torna-se possível dimensionar o sistema, planejando ajustes de acordo com o perfil de consumo de qualquer imóvel, seja empresarial ou residencial.
É importante ter em mente que todo equipamento fotovoltaico adequadamente adaptado para a real demanda do imóvel tende a maximizar o consumo simultâneo da energia gerada. Assim, é possível evitar que uma grande parcela da geração seja injetada na rede porque o “excedente” é a energia que sobra da simultaneidade.
Uma boa saída é procurar programar tarefas e serviços que consomem mais energia para realizar no período diurno. Isso inclui o uso de aquecedores, bombas de piscina e eletrodomésticos.
Investir em energia solar ainda é muito vantajoso
A inclusão das novas regras pela Lei 14.300/22 passou a equivocada impressão de que investir em energia solar pode deixar de ser uma vantagem para o consumidor brasileiro. E, ainda, de que os usuários serão taxados ao gerar energia fotovoltaica. Mas, isso não poderia ser mais incorreto e está muito distante da realidade, ainda mais contando com o fator de simultaneidade.
Já está comprovado que um sistema fotovoltaico proporciona uma economia muito grande, que chega a ultrapassar 90%. Além disso, seu payback médio é pouco afetado, mantendo um retorno de investimento com apenas alguns meses a mais. Como se não bastasse, a adesão à energia solar assegura o consumidor contra as altas na conta de luz, valorizando os imóveis em que os sistemas são instalados.
> Leia mais: 10 alterações do Marco Legal da Geração Distribuída
Mas, como calcular payback de projetos de GD?
Essa é a melhor forma de ter certeza de que o investimento valerá a pena. Todo mundo ouve falar sobre o quanto a energia solar é uma solução atraente e reduz gastos, mas afinal, reduz quanto? Em quanto tempo o investimento se paga?
Diferente da economia gerada por lâmpadas de LED ou uma troca de eletrodoméstico por um modelo mais eficiente, a percepção de economia não aparece só na conta de luz. Na energia solar, você pode perceber o quanto seu gerador fotovoltaico está economizando com base em quantos quilowatt-hora você produz em um mês.
É preciso, então, tirar dúvidas sobre a eficiência dos equipamentos. Por isso, é fundamental contratar uma revenda Aldo Solar que possa esclarecer os detalhes referentes ao sistema.
Partindo para o cálculo, a variável do valor do kWh praticado em cada região é uma das mais importantes. Com ela, é possível dividir o valor do investimento pelo produto de energia gerada e o ano pela tarifa. Por exemplo: R$ 25.000 dividido por 200 kWh, multiplicado por 12, multiplicado por 0,83 R$ por kWh.
Um modo simples e rápido de como calcular payback de projetos de GD é descobrir o valor economizado na conta de luz por ano antes e depois da instalação de energia solar. Então, divide-se o valor do investimento total pela economia anual. Assim, você descobrirá em quantos anos terá seu retorno.
> Leia mais: Demanda Contratada: Aplicação da TUSD G na Geração Distribuída
Saber como calcular payback de projetos de GD é algo individual e entrega valores diferentes para cada família/negócio. Apesar disso, existe um valor médio! A média é de 3 anos para um imóvel comercial, e 4,5 anos para imóveis residenciais, segundo a ABSOLAR.
Lembrando que o cálculo depende de muitas variáveis, como elevação tarifária ao longo do tempo e tamanho do sistema. Porém, essa variação de tempo geralmente é para menos.
Se levarmos em consideração que a manutenção do seu sistema de energia fotovoltaico é mínima, e você terá que fazer a troca dos painéis solares apenas depois de 25-30 anos de instalação, fica mais fácil entender como o payback é baixo e o sistema bastante lucrativo.
Leave feedback about this