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Energia solar residencial deve dobrar até o fim do ano

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

Como todos já sabemos, o Marco Legal criado para a geração própria de energia renovável está expandindo os investimentos das empresas do setor solar. Além disso, aliado às altas no preço do petróleo no mercado internacional, levou as companhias a atentarem para o aumento da demanda ainda para este ano. Com isso, a energia solar residencial deve dobrar o número de adeptos até o final do ano.

Para tanto, as empresas do setor têm reforçado estoques e antecipado a compra de equipamentos com o objetivo de fugir do aumento dos custos. Enquanto isso, outras estão planejando a ampliação de seus centros de distribuição.

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Estimativa da ABSOLAR: energia solar residencial deve dobrar até o final de 200

Dessa forma, a ABSOLAR, já estima um recorde para 2022. Então, a capacidade instalada deve dobrar e chegar perto de 25 GW para a geração distribuída em prédios e residências. Sendo assim, esse volume significa quase duas usinas de Itaipu, que tem 14 GW de capacidade e é a maior do país.

A adesão à energia solar residencial deve dobrar até o final de 2002. Recentemente, a ABSOLAR declarou que a energia solar já se transformou na terceira maior fonte da matriz energética brasileira. Assim, seus 8,1% devem ultrapassar o gás natural e fica atrás somente da geração hídrica, que é a principal, com 53,9%. Fica aquém, ainda, da eólica, com 10,8%.

Como isso começou?

O início de tudo se deu em janeiro deste ano quando da publicação de uma lei. Nela, há previsão de isenção de encargos setoriais até o final de 2045 para todos que instalarem um sistema fotovoltaico até 7/01/2023.

Na prática, sempre que o consumidor produz mais energia do que consome, o excedente pode ser lançado na rede elétrica. Com isso, ele recebe o retorno da mesma quantidade de crédito. Dessa forma, o usuário tem um desconto em sua conta de luz. Porém, após 2045, esse desconto será reduzido. Portanto, até o final de 2022, a energia solar residencial deve dobrar.

Já, para os geradores solares de pequeno e de médio portes, instalados em pequenos negócios, residências e pequenas propriedades rurais, a redução será de 4,1% no primeiro ano. E, no segundo ano, ela passa para 8,1%. Em sistemas fotovoltaicos de geração remota, compartilhada, a redução no valor do crédito será de 29%. São as usinas de porte maior, afastadas do local de consumo.

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Influência da guerra na Ucrânia

A adesão à energia solar residencial deve dobrar até o final de 2022. Com a guerra na Ucrânia, segundo alguns especialistas, muitas companhias acentuaram suas buscas por soluções de energia renovável. Isso em razão da alta dos custos de gás e petróleo.

De acordo com a ABSOLAR, o novo marco legal e o aumento dos preços levarão a energia solar ao seu segundo ano de recordes. Assim, a entidade prevê a ocorrência de investimentos de R$ 50 bilhões ainda este ano. Isso é mais que o dobro dos R$ 22 bilhões conseguidos em 2021.

Verificamos que, além do aumento exorbitante dos preços da energia, a instituição da lei significou um marco relevante após dois anos de discussões. Isso garante estabilidade para o consumidor e para investidores, que podem se organizar melhor. Até agora, do total já instalado, dois terços são relativos a painéis solares, então, aproveitar essa oportunidade até 2045 é bom para todos.

A corrida deve ser intensa já que, antes, os interessados optavam apenas por um volume de placas solares baseado no consumo. Agora, os adeptos preferem incluir o máximo permitido para a residência como forma de aproveitar a regulamentação. Com isso, adesão à energia solar residencial deve dobrar até o final de 2022.

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Caminho definitivo

Os investimentos estão sendo ampliados em razão do novo marco regulatório do setor, possibilitando a captação de recursos. Isso sem falar na maior preocupação das empresas na busca por energia renovável mais barata, considerando o cenário atual de altos preços. Dessa forma, temos um caminho definitivamente estabelecido, ou seja, não há como voltar.

Essa situação leva, ainda, as empresas a se programarem antecipadamente em virtude dos problemas decorrentes da cadeia global de transporte. Tais problemas são agravados pela guerra na Ucrânia com seus lockdowns frequentes na China.

Assim sendo, o cenário de alta demanda por painéis, problemas com contêineres, gargalos de transporte da China para cá, além da alta do dólar. A guerra influenciou no preço do frete para os equipamentos fotovoltaicos, sendo a maioria importada. Mesmo assim, a adoção da energia solar residencial deve dobrar até o fim deste ano.

Especialistas alertam que o hoje o consumidor dispõe de diversas linhas de crédito para financiar a compra de módulos fotovoltaicos. O setor estima, então, que há mais de 70 opções entre bancos públicos, privados e cooperativas disponíveis para financiamentos.

> Leia mais: Energia solar foi a renovável com mais adeptos em 2021

Retorno do investimento leva 5 anos em média

Em algumas situações, é possível aproveitar o desconto na conta de luz para quitar o financiamento de um sistema solar. Assim, a redução na conta de luz varia, em média, entre 80% e 85% e pode levar de em média cinco anos para acontecer.

Embora o dólar tenha aumentado, o aumento na conta de luz foi ainda maior. E isso influenciou na tomada de decisão do consumidor. Por exemplo, uma consumidora de Niterói, no Rio de Janeiro, investiu R$ 20 mil em painéis solares em março de 2021.

Na prática, o consumo permaneceu mais ou menos o mesmo, porém, o resultado observado na conta de luz é impressionante. Por isso, estima-se que em menos de quatro anos, o sol pague pelo investimento no equipamento fotovoltaico.

Esse relato, bem como todo o cenário apresentado, demonstra que a tendência é de que realmente a energia solar residencial deve dobrar até o fim de 2022. Já não podemos mais adiar essa transformação, que será benéfica para o bolso de todos e para a sustentabilidade.

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Energia solar residencial deve dobrar

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