Em um dos momentos mais críticos e de grande carga no Brasil, a energia solar respondeu por 19,2% do consumo de energia. Esse volume gerado corresponde à geração feita pelas grandes usinas e pelos sistemas de geração própria, ou seja, a geração distribuída. Foi um total de 19.403 MW gerados.
Em virtude da onda de calor que atingiu vários estados brasileiros, chegamos ao consumo de energia de 100.955 MW, às 14h40 do dia 13 de novembro. Foi um novo recorde de demanda instantânea de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) registrado no país, de acordo com dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
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Consumo de energia superou 100 mil MW pela primeira vez no Brasil
A energia solar atendeu 19,2% do consumo de energia total em um momento crítico em que, pela primeira vez na história brasileira, a carga ultrapassou o patamar de 100.000 MW. Até essa data, no dia 26 de setembro deste ano, o recorde medido havia sido de 97.659 MW.
No dia do registro desse patamar, 8.505 MW de geração solar centralizada fazia o atendimento à carga, ou seja, 8,4%. Além disso, o atendimento foi feito por 10.898 MW oriundos dos sistemas de micro e de minigeração distribuída, com 10,8%. Quanto à geração hídrica, tivemos um atendimento de 61.649 MW – 61,1%, a geração térmica respondeu por 10.628 MW – 10,5%, enquanto a eólica atendeu com 9.284 MW – 9,2%.
Como se não bastasse o recordo do SIN, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste alcançou um novo recorde máximo de carga. Assim, superou, pela primeira vez, a marca de 60.000 MW e atingiu 60.502 MW às 14:35 no dia 13/11. Até esta data, o maior registro de consumo de energia tinha sido de 57.791 MW, no dia 26 de setembro deste ano.
Característica única da fonte solar fotovoltaica
Segundo avaliação da ABSOLAR, a sincronia dos ápices de calor com níveis elevados de produção de energia solar nas usinas e na GD é uma característica única desta fonte renovável. E isso assegura mais segurança e robustez, durante o consumo de energia, a todo o sistema elétrico.
Segundo o vice-presidente de geração centralizada da ABSOLAR, Ricardo Barros, nesse momento, a energia solar está exercendo um papel essencial de suporte ao SIN. Estamos passando por um período de temperaturas elevadas com demanda recorde por energia.
Além disso, o apoio da fonte solar protege o bolso dos consumidores em relação ao acionamento das usinas termelétricas. Essas são usadas para fornecer energia em situações como essa, apesar de serem mais caras e emitirem maior quantidade de carbono. A fonte solar evitou, ainda, a produção de mais emissões de gases de efeito estufa durante a produção de energia no país.
Economia zero carbono: o aquecimento global é nossa responsabilidade
Agora não há mais motivos para discutir. Nós é que influenciamos o aquecimento da Terra de maneira tão rápida. Basta verificar o último relatório do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas na tradução para o português). E, o maior vilão está associado diretamente à queima de combustíveis fósseis. Isso conforme relata o Instituto Clima e Sociedade.
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O Brasil pode ser a primeira economia zero carbono
O Brasil tem tudo para ser a primeira economia zero carbono, saindo à frente de todos os outros. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética, em 2021, as fontes renováveis reuniam 44,7% da nossa matriz energética. Isso em contraste com 14,1% da média global de 2019.
Segundo a ABSOLAR, apenas a quantidade de energia solar produzida praticamente dobrou de 2020 para 2022. Se continuar nesse ritmo, o Brasil pode se tornar o primeiro país a conquistar o posto de economia zero carbono.
Consumo de energia solar – mais de 80 bilhões em investimentos em 2023
Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), apenas em 2023, o setor de energia solar já superou mais de R$ 30 bilhões em investimentos no Brasil.
Esses números consideram o somatório de investimentos feitos na fonte solar do segmento de geração distribuída e de geração centralizada. E o montante, leva em conta o período compreendido entre a primeira semana de janeiro e o mês de junho.
Dessa forma, de acordo com a entidade, desde o começo da expansão dessa fonte de energia, já foram investidos mais de R$ 151 bilhões. Quanto ao segmento de geração distribuída, já foram realizados mais de R$ 105 bilhões em aportes. Já, as grandes usinas contam com uma marca que ultrapassa os R$ 46 bilhões em aportes.
Para a ABSOLAR, o avanço da adesão à energia solar fotovoltaica fortalece a sustentabilidade. Além disso, dá um respiro ao orçamento dos adeptos, ampliando a competitividade dos mais variados setores produtivos do país.
Ainda segundo a entidade “aproveitar uma fonte de energia limpa e barata ajuda no processo de reindustrialização do país, além de estimular a diversificação do suprimento de eletricidade”. Assim, é possível reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ocorrer ainda mais aumentos na conta de luz da população.
Conforme temos experimentado na pele e no bolso, já passou da hora de todos nós adotarmos a fonte solar com alternativa para o consumo de energia. É a forma mais natural, prática e revolucionária de garantir energia sem limites e com toda a sustentabilidade possível.
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Você sabia que o mercado oferece linhas de financiamento específicas para a adesão às energias renováveis? Alguns exemplos de instituições são o Santander e a Sol Agora, que oferece financiamento inteligente e totalmente digital.
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