Um levantamento do setor apontou a movimentação de mais de R$ 60,5 bilhões no mercado de energia solar residencial brasileiro. No total, mais de 1,6 milhão de residências localizadas em 5,5 mil municípios, em todas as regiões do país usam a tecnologia fotovoltaica. Com isso, são capazes de alimentar mais de 2 milhões de unidades consumidoras.
A pesquisa sobre o mercado de energia solar residencial considerou os dados oficiais fornecidos pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
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Energia solar residencial – potência maior que 12 GW
O estudo realizado também revelou que a potência instalada de energia solar residencial superou a marca de 12 GW. Mas, se levarmos em conta a potência instalada, também, no comércio, nas propriedades rurais e na indústria, esse número chega a 24 GW.
O crescimento da geração própria de energia solar residencial movimenta a economia nacional de forma virtuosa. Além disso, aumenta a atração de capital e incentiva a formação de mais postos de trabalho e renda aos consumidores brasileiros.
Já superamos 32,5 GW em solo brasileiro
A energia solar alcança 32.5 GW em solo brasileiro. A ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar) informou, recentemente, que o Brasil superou a marca histórica de 10 GW de potência operacional nas grandes usinas solares. Isso equivale a mais da metade da capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, que é a segunda maior usina do planeta.
Além desses 10 GW, somando aos 22,5 GW referentes à geração distribuída, ou seja, em pequenos terrenos e telhados, a energia solar alcança 32.5 GW de capacidade instalada. Essa capacidade é responsável pela segunda colocação do país em potência instalada, seguida pela fonte eólica, que apresenta 26 GW, atualmente.
Segundo a ABSOLAR, o avanço da adesão à energia solar está acelerado e essa é uma tendência global. Nosso país apresenta uma grande vantagem quanto a recursos provenientes da fonte solar em relação ao restante do mundo.
Esse fato colabora com uma imensa possibilidade de produzirmos o hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo. Além disso, podemos passar a desenvolver novas tecnologias relacionadas e essa, como veículos elétricos e armazenamento de energia. A associação destaca que , e acordo com um estudo da consultoria Mckinsey, até 2040 o Brasil tende a abrigar uma nova matriz elétrica inteira dedicada à produção do hidrogênio verde.
E, para que isso se concretize, deveremos receber cerca de R$ 1 trilhão em investimentos dentro do período citado. Tudo para ser aplicado em geração de energia, linhas de transmissão, unidades de fabricação do combustível e as estruturas pertinentes. Segundo o executivo, isso inclui dutos, terminais portuários e armazenagem.
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São bilhões investidos desde 2012
desde 2012, essa fonte de energia limpa e renovável já angariou mais de R$ 44 bilhões de investimentos novos. Além disso, foram mais de 304,1 mil empregos acumulados, proporcionando, ainda, em torno de R$ 16 bilhões arrecadados aos cofres públicos.
De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR, a energia solar é uma fonte bastante competitiva e limpa. Por isso, a inclusão da energia solar em usinas de grande porte é essencial para que o Brasil fortaleça a economia, impulsionando o processo de reindustrialização e de transição energética.
Em 2024 o Brasil deverá sediar o fórum de energia solar
O evento acontecerá, uma vez que os setores fotovoltaicos do Brasil e da China devem passar a ampliar o comércio bilateral entre os dois países, nesse segmento. Para tanto, a ABSOLAR (Associação Brasileira de energia Solar Fotovoltaica) assinou um acordo para estabelecer um entendimento entre duas entidades chinesas.
Tal acordo foi realizado durante a maior feira de energia solar do planeta. Estamos falando da Snec 2023, em Xangai, na China, com a CIETC (Center for International Economic and Technological Cooperation) e a CPIA (China Photovoltaic Industry Association).
A formação dessa parceria tem o objetivo de proporcionar uma aceleração no processo de desenvolvimento do mercado de energia solar nos dois países – Brasil e China. Isso é importante para expandir a atração de investimentos novos, geração de empregos e renda, além de criar oportunidades de negócios nesse setor.
Parte da iniciativa contará com a realização conjunta de um evento anual. Será o China-Brazil solar PV Industry Exchange Forum, cuja finalidade é compartilhar conhecimentos e consolidar vínculos comerciais. Sendo assim, no próximo ano, o Brasil deve sediar o fórum de energia solar. Contudo, ainda não há uma cidade ou data definida para a realização do evento.
Segundo a ABSOLAR, esse acordo tem chances de funcionar como um importante condutor para impulsionar a transição energética. Além disso, poderá voltar a industrializar o Brasil partindo da tecnologia associada à energia fotovoltaica.
O processo de transição energética já sinaliza uma nova realidade em termos de consumo de energia no Brasil. É algo mais que necessário em tempos de mudanças climáticas e grandes catástrofes.
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Você sabia que o mercado oferece linhas de financiamento específicas para a adesão às energias renováveis? Alguns exemplos de instituições são o Santander e a Sol Agora, que oferece financiamento inteligente e totalmente digital.
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