No dia 6 de outubro deste ano, o Senado aprovou o projeto de decreto legislativo de número 271/2021, que autoriza a adesão do Brasil à Aliança Solar Internacional ou International Solar Alliance. É uma coalizão intergovernamental responsável pela reunião de nações que detêm os melhores recursos solares do mundo.
O texto ainda está aguardando a divulgação. Por isso, essa iniciativa é fundamental para que o Brasil se posicione internacionalmente, uma vez que o nosso território apresenta uma das melhores condições para o desenvolvimento da energia solar.
A inclusão do Brasil na ASI significa mais benefícios para o Brasil, por meio de políticas de incentivo, regulamentação, financiamento, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
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Sobre a entrada do Brasil na Aliança Solar Internacional
O comunicado sobre a formação da ASI aconteceu já no primeiro dia da Conferência do Clima, em 30 de novembro de 2015, em Paris. Assim, o anúncio foi feito por Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia e François Hollande, Presidente da França na ocasião.
Dessa forma, a adesão do Brasil à Aliança Solar Internacional deve alavancar o desenvolvimento da geração fotovoltaica por aqui. Essa é a avaliação feita pela Array STI Norland Brasil, uma fabricante de rastreadores.
Objetivo da Aliança Solar Internacional
A Aliança Solar Internacional é um acordo feito entre 121 países que se encontram entre os trópicos de Capricórnio e de Câncer. E essas regiões são as mais ensolaradas do planeta.
Dessa forma, os membros da Aliança Solar Internacional pretendem reduzir os custos do financiamento e da tecnologia solar pelo mundo afora. Além disso, devem impulsionar projetos novos por meio da movimentação de mais de US$ 1 trilhão investidos em implementação de energia solar de forma robusta até 2030. Querem, ainda, incentivar novas tecnologias a partir do sol como recurso principal.
Fontes renováveis em expansão
As fontes renováveis, como a solar e eólica estão em expansão e prometem responder por mais da metade da carga de energia esperada para a operação do sistema elétrico brasileiro no próximo ano.
E, com o aumento dessas matrizes, há uma expectativa de mais segurança e que os riscos de apagões e racionamentos se distanciem do nosso cenário. Além disso, essas fontes limpas tendem a contribuir com a redução do custo da energia, somando-se os projetos ESG que beneficiam os negócios do setor.
A ANEEL fez uma projeção que demonstra o ritmo de expansão das usinas eólicas no Brasil. Segundo a entidade, esse ritmo deve aumentar do atual patamar de 20,5 GW para 26,4 GW de capacidade instalada, em 2022. Por isso, pelo menos US$ 35,8 bilhões já foram investidos com o intuito de melhorar a capacidade da matriz no país, na última década.
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Solar e eólica expandindo durante a crise hídrica
Durante a pior crise de energia já registrada em 91 anos no Brasil, as fontes solar e eólica se destacaram pela sua relevância. Enquanto isso, a atuação das hidrelétricas foi enormemente afetada pela diminuição drástica das chuvas no país.
Atualmente, só no mês de setembro, houve um registro de apenas 16% do volume total das usinas do Sudeste/Centro-Oeste. Em compensação, no mesmo mês, foi constatado o melhor índice de geração eólica para o setor no país em 2021: 10 MW.
Brasil atinge 20 GW – 46,5% de aumento em 2022
O Brasil atingiu 20 GW de potência instalada em energia solar e registrou um aumento de 46,5% apenas neste ano. Dessa forma, com esses números, saltou de 9,2 GW em 1º de janeiro para os 13,48 GW atuais. E, nos últimos três meses, acrescentou mais de 1,29 GW.
A Geração Distribuída de energia solar contabilizou, ainda, mais de 1,28 milhão de sistemas fotovoltaicos instalados no país todo, desde o começo de sua expansão. Esse aumento foi superior a 87% em comparação com o mesmo período de 2021, época em que havia apenas 686 mil unidades consumidoras operando.
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Em relação ao segmento de Geração Centralizada Solar, houve uma contabilização de mais de 40% de crescimento no ano. Portanto, subiu de 4,63 GW para 6,52 GW de potência operacional. Assim, nos últimos 30 dias, mais de 1 GW foram acrescentados ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
O Brasil conta, ainda, com mais 4,78 GW operando em empreendimentos com construção iniciada, além das usinas em operação, e 60,4 GW em projetos com construção ainda não iniciada.
De acordo com a ANEEL, hoje, as grandes usinas fotovoltaicas já respondem por cerca de 3,52% da matriz energética nacional. Portanto, o Brasil já atingiu 20 GW, com muito mais para acontecer futuramente.
No segmento de Geração Distribuída ou sistemas de menor porte, registrou-se mais de 12,9 GW de potência instalada. Assim, esse número significa algo em torno de R$ 70,5 bilhões em investimentos e R$ 17,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Além disso, são mais de 387,6 mil empregos acumulados desde 2012.
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Geração distribuída e a Aliança Solar Internacional
Agora que você já sabe que o Brasil aderiu à Aliança Solar Internacional, é importante destacar que parte desse da energia solar no país é atribuído à geração distribuída. Isso significa que a modalidade foi a que mais contribuiu com acréscimo de potência instalada ao sistema elétrico, nos últimos dois anos. Dessa forma, a GD deve chegar ao final de 2022 apresentando o dobro da potência verificada em dezembro de 2021.
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