*Por Aldo Pereira Teixeira, presidente fundador da ALDO
O acesso a tecnologias que podem facilitar o desenvolvimento de atividades ou viabilizar o crescimento pessoal é um assunto discutido no mundo todo. As iniciativas nesse sentido partem, comumente, de maneira tímida de instituições governamentais ou grupos visionários que enxergam no desenvolvimento do próximo, o próprio crescimento.
No universo da geração de energia fotovoltaica, a energia gerada solar transformada em energia elétrica, a autonomia é uma das principais características. O próprio sol nos oferece a oportunidade de sermos autônomos. Ele é de todos e todos podem tirar dele a energia que precisam.
O Brasil vem abrindo os olhos para a geração de energia solar. Segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a geração distribuída no Brasil teve uma alta de 77,83% no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento da GD no país vai em contramão do desempenho da economia brasileira, que neste ano deve ter queda do PIB de 6%, segundo projeções do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), subordinado ao Ministério da Economia.
Ainda de acordo com o balanço, de janeiro a junho de 2019 foram registrados 544.193 kW em potência instalada no país. Já no primeiro semestre deste ano, este número foi de 956.807 kW, uma diferença de 412.614 kW. Estima-se que até 2024 o Brasil contará com aproximadamente 887 mil sistemas de energia solar conectados à rede ao longo do território nacional.
Por enquanto, a maioria dos equipamentos instalados é do tipo ON-GRID, ou seja, apesar de o sistema ser particular, a geração de energia solar está conectada à rede da concessionária e quando a unidade produz mais energia do que se consome, ela é transformada em créditos de energia. Se o sistema não gerar a energia necessária para o consumo, a rede pública apenas complementa, proporcionando redução no valor da conta de luz.
OFF GRID: ESTRADA LIVRE PARA O DESENVOLVIMENTO
E no universo da energia solar, quando se fala em criar oportunidade, um exemplo prático é garantir que essa tecnologia chegue a uma área afastada que apresenta potencial de desenvolvimento e geração de renda, em que a rede de energia elétrica convencional não chega. Segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente – IEMA, quase um milhão de pessoas não têm acesso à energia no Brasil. Elas estão localizadas principalmente na Amazônia Legal, sendo que somente no Estado do Pará são mais de 400 mil pessoas sem energia elétrica. Algumas destas pessoas enfrentam imensas dificuldades e carecem de qualidade de vida, coisas que a energia elétrica poderia proporcionar.
Os sistemas de geração de energia fotovoltaica OFF GRID são ideais para essas situações. O sistema não possui conexão com a rede pública de energia, liberando o usuário da conta de luz. Um conjunto de baterias estacionárias armazenam o excesso de energia gerado pelas placas fotovoltaicas. Inversores elétricos preparam essa energia para ser utilizada a qualquer momento, para alimentar o que for necessário, mesmo em épocas em que o sistema não esteja gerando energia.
Um equipamento fotovoltaico em sistema OFF GRID pode significar estrada livre para o desenvolvimento. Aliás, já se pode ver sistemas de comunicação e até de iluminação em rodovias alimentados por equipamentos OFF GRID.
Poder contar com um sistema autônomo e autossuficiente de geração de energia significa crescimento, já que possibilita a criação de empregos (em sítios, ranchos, fazendas, por exemplo). Moradores, centros comunitários, igrejas de áreas isoladas em que a rede de distribuição não atende, teriam seu desenvolvimento iluminado por um sistema OFF-GRID.
OFF GRID: ECONOMIA NO MEIO URBANO
Mesmo sendo ideal para levar energia e desenvolvimento a áreas isoladas, um sistema de geração de energia solar OFF-GRID também pode beneficiar clientes que necessitam de sistema de backup por não poderem conviver com a interrupção ou oscilação de energia.
Em geral são residências ou comércios que recebem energia convencional com baixa qualidade ou estão no fim de rede. Entre eles destacamos: residências, clínicas de vacinação, equipamentos médicos, empreendimentos que necessitem de refrigeração para armazenamento de produtos e até empresas de TI ou call centers em que a manutenção da temperatura do ambiente é fundamental, passando por empresas de segurança e monitoramento em que os sistema de Circuito Fechado de TV não podem parar de funcionar. Assim, o sistema OFF-GRID também garante o crescimento em meio urbano.
O uso da energia solar ainda é muito ligado à preservação ambiental. Realmente a geração de energia a partir do sol é das mais limpas já desenvolvidas pelo homem. A energia solar vem sendo cada vez mais vista como uma oportunidade de negócio que, por ser barata e ter “combustível” inesgotável – o sol – gera economia em médio/longo prazo e, ainda, é um importante vetor de desenvolvimento e negócios.
Sobre o autor:
Aldo Pereira Teixeira é presidente fundador da ALDO, empresa sediada em Maringá – PR com 38 anos e eleita pelo Valor Econômico entre as 1000 maiores empresas do país e 2ª no setor Comércio Atacadista e Exterior. É uma das líderes em soluções para a geração de energia solar no país, além de figurar entre as mais reconhecidas distribuidoras de soluções em Tecnologia da Informação e ser distribuidora autorizada da DJI.
Mais informações: www.aldo.com.br
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