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Em 2022 o comércio global movimentou US$ 32 trilhões

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

A população do mundo todo demonstra um interesse crescente por produtos sustentáveis e ecologicamente corretos. Isso é o que indica a Unctad, a Agência da ONU especializada em comércio e desenvolvimento. No final de março, a Atualização do Comércio Global foi lançada pela agência e apontou que a procura por produtos menos poluentes aumentou em 2022. Assim, apesar dos desafios, o comércio global movimentou US$ 32 trilhões.

Panorama do comércio global

No entanto, a agência da ONU informa que, para 2023, o panorama do comércio global ainda é incerto. As razões para isso giram em torno das tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia, do alto preço das commodities, bem como os níveis recordes da dívida pública. Outra causa são as altas taxas de juros e tudo isso junto tende a promover uma estagnação do comércio global ainda na primeira metade deste ano.

> Leia mais: O que é Metaverso e o que pode ter a ver com energia renovável

Segundo a agência Unctad, no segundo semestre de 2023, com o dólar americano mais fraco, é possível que vejamos melhoras ou a ocorrência de fatores mais positivos. Isso pode levar a uma estabilização dos custos de transporte, além de menos interrupções na cadeia de fornecimento. São eventos que puxam para uma alta do comércio. E, embora haja incertezas, a expansão da procura pelos produtos sustentáveis deve continuar aumentando, motivada pela mobilização em torno das questões climáticas.

Produtos verdes em alta

Alessandro Nicita é economista da Unctad e um dos autores do relatório. Segundo Nicita, esses produtos ajudam a preservar o meio ambiente e favorecem a luta contra as mudanças climáticas.

Para se ter uma ideia, apenas no segundo semestre do ano passado, o aumento de sua demanda foi de 4%, chegando a US$ 1,9 trilhão. Entre os bens mais procurados estão os veículos híbridos e elétricos, as turbinas eólicas para gerar energia pelo vento e embalagens livres de plástico.

Após a divulgação do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, Ipcc, a análise da Unctad é publicada. Neste documento, especialistas advertiram sobre a urgência para se reduzir as emissões que causam efeito estufa em pelo menos a metade, até 2030. Sem isso, será impossível limitar o aumento da temperatura global em 1,50C, acima dos níveis pré-industriais.

Até 2030, o valor da energia verde deve quadruplicar

O início de uma revolução verde no comércio global foi demonstrado pelo último relatório publicado pela Unctad sobre Tecnologia e Inovação. De acordo com a agência, o mercado de energia eólica e solar, carros elétricos, hidrogênio verde, entre outras tecnologias verdes deve quadruplicar em valor até 2030. Dessa forma, tende a chegar a US$ 2,1 trilhões. Com isso, os padrões do comércio global devem refletir a transição para uma economia mais sustentável.

A pesquisa também alertou sobre o maior proveito por oportunidades econômicas das tecnologias ambientalmente corretas pelos países desenvolvidos. Enquanto isso, os países em desenvolvimento se encontram mais atrasados nesse sentido. De acordo com a Unctad, a perda de oportunidades nessa onda verde, por desatenção, falta de investimento e ausência de políticas direcionadas pode resultar em graves consequências em longo prazo.

As recomendações da agência da ONU incluem um alerta para a comunidade internacional a fim de apoiar indústrias emergentes verdes nas economias em desenvolvimento. O recurso seria aplicar regras de comércio global juntamente com transferência de tecnologia.

> Leia mais: Por que a energia solar é a mais democrática fonte renovável?

Investimentos em energia renovável precisam dobrar até 2030

As mudanças climáticas estão cada dia mais evidentes e assustadoras. Diante deste fato, um relatório da WMO (Organização Meteorológica Mundial), alertou para a necessidade de aumentarmos os investimentos em energia renovável.

De acordo com a publicação, o fornecimento de energia por meio de fontes limpas precisa dobrar dentro dos oito anos seguintes. Isso é fundamental para que possamos minimizar o aumento da temperatura no mundo, como consequência do aquecimento global.

Segundo o parecer da entidade, as promessas de investimentos em energia renovável feitas atualmente ainda são baixas. Eles representam menos da metade do que precisamos para atingir as metas que foram estipuladas no Acordo de Paris. Tais metas exigem que sejam instalados 7,1 TW de capacidade de energia limpa até 2030.

Até 2050 aportes precisam triplicar

Além dos investimentos em energia renovável citados acima, a organização apontou que os aportes devem, também, triplicar até 2050. Isso é fundamental para que o mundo possa alcançar a tão discutida neutralidade de carbono, cada dia mais difícil de cumprir.

Essa é uma meta encabeçada pela ONU (Organização das Nações Unidas), por intermédio da Convenção do Clima. O tema conquistou uma forte mobilização mundial e tem o objetivo de mitigar o aquecimento global, mantendo no máximo de 2º C, até o final deste século. Isso partindo do fim das emissões de gases poluentes até o final de 2050.

Segundo o secretário geral da WMO, Petteri Taalas, o aumento de investimentos em energia renovável pode contribuir para reduzir em até 75% as emissões de gases de efeito estufa. Isso em âmbito global, até 2030. Por isso, Taalas insiste que a troca de fontes poluentes pelas renováveis, como eólica e solar é vital para alcançarmos o objetivo traçado. Além disso, é necessário aperfeiçoar ações de eficiência energética.

> Leia mais: Energia solar: por que esta fonte renovável de energia tem mais vantagens?

Nosso tempo já é curto e o clima está mudando a olhos vistos. Portanto, uma transformação total no nosso sistema de produção de energia é urgente e crucial.

Agora que você sabe por que você pode usar o telhado para economizar energia, tem ainda mais motivos para aderir a essa fonte limpo e inesgotável.

Você já sabe que o mercado oferece linhas de financiamento específicas para a adesão às energias renováveis. Alguns exemplos de instituições são o Santander e a Sol Agora, que como a Aldo, faz parte do portfólio da Brookfield.

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