O setor de energia fotovoltaica em 2021 guarda muitas perspectivas de crescimento e desafios. Entre eles, o aumento de consumidores, o que influencia diretamente no incremento da produção de produtos e serviços, além da capacitação de prestadores de serviços. É um segmento que não para de crescer, mas, a pandemia da COVID-19 chegou e desafiou o mundo todo.
O evento colocou a oferta e a demanda em desalinhamento, causando impacto direto na cadeia de fornecimento e de suprimentos, sem falar na escalada do dólar. Assim, houve um desordenamento na distribuição de insumos e de bens ao redor do globo.
Desafios ao setor fotovoltaico
O ano de 2020 foi especialmente desafiador para o setor solar. Conforme já citamos, houve a escalada do dólar, que resultou em aumento substancial do investimento. Além disso, tivemos as explosões na fábrica da GCL-Poly e o incêndio em duas das caldeiras na Dago, localizadas em Xinjiang, na China. Somou-se a esses desastres graves inundações no sudeste chinês, forçando o fechamento de uma instalação da Tongwei, que interferiu no suprimento de polissilício.
Já, a pandemia do Coronavírus colocou o mercado em xeque, prejudicando o ritmo de fabricação e diminuindo a disponibilidade de transporte marítimo. Esses acontecimentos forçaram as empresas a driblarem as dificuldades para entregar seus equipamentos.
Mais desafios
A logística internacional é outro fator penoso para todos os envolvidos na cadeia produtiva. Afetou todos os setores e o segmento de energia fotovoltaica não foi poupado. O sistema se desorganizou, diminuindo espaços em navios, provocando atrasos em viagens, incluindo paradas imprevistas nas rotas. Em muitos casos, houve demora de 40 dias para que determinadas cargas chegassem ao destino, em vez dos 28 dias normalmente esperados.
Reações positivas no setor solar
Apesar de tantos obstáculos, o setor solar é resiliente e demonstrou isso na prática. Integradores, distribuidores e instaladores conseguiram cumprir suas demandas garantindo o fluxo de entrega a contento, tudo graças ao bom e velho planejamento. No Brasil, houve muita movimentação e, com capacidade instalada e muito trabalho, a solar manteve seu ritmo de crescimento em alta.
Os meses de abril e maio de 2020 registraram, no Brasil, uma redução nas vendas, já esperada, em virtude do isolamento social. Contudo, gradualmente, o mercado começou a reagir. Se comparado com 2019, houve um crescimento relevante no mercado e para as empresas. Vale lembrar que, em meio a essa turbulência, o setor de construção civil não parou em nenhum momento.
Crescimento ao longo dos anos
De acordo com Ronaldo Koloszuk, Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, “nos últimos 7 anos, a GD cresceu 231% em média, ao ano, no Brasil. Esse crescimento gerou emprego, renda e atraiu capital privado. O investimento feito na tecnologia fotovoltaica possibilitou uma redução de mais de R$ 4,7 bilhões para os consumidores.
São recursos que foram reinjetados na economia local desde 2012. Tal fato ocorreu em virtude da liberação de renda, ou seja, o dinheiro economizado na conta de luz em razão da adoção do sistema solar. Dessa forma, o usuário pôde encaminhar tal recurso financeiro para adquirir outros produtos em sua região, relatou Koloszuk.
Dados da ANEEL
Segundo dados da ANEEL, entre janeiro e outubro de 2020, o Brasil atingiu cerca de 1.800 MW de potência em Geração Distribuída. Esse número representa uma alta de 60% em relação aos 1,100 MW registrados no mesmo período de 2019. E mais: a GD alcançou, recentemente, a marca de 4 GW de potência, incluindo o total no país todo. Isso significa mais de 411 mil unidades consumidoras, que recebem créditos. Sem falar nas mais de 330 mil usinas de energia fotovoltaicas instaladas em mais de 5 mil cidades espalhadas pelo país.
Resultados animadores
O crescimento do setor solar trouxe uma excelente notícia. Pela primeira vez, o Brasil está na lista dos 10 países que mais geraram emprego no mercado fotovoltaico em 2019. Os números apontam 43 mil novos empregos, conforme atesta um relatório recente da Irena (Agência Internacional de Energia Renovável). Esse dado nos colocou na oitava posição, ou seja, à frente da Alemanha e do Reino Unido.
Trata-se de uma marca histórica, que reforça nosso empenho com a necessária profissionalização desse setor para proporcionar ainda mais crescimento e de maneira responsável.
Adoção de novas tecnologias
Aldo Teixeira, Presidente da Aldo Solar, vislumbra a adoção de tecnologias mais inovadoras para painéis fotovoltaicos, com benefícios para toda a cadeia produtiva de energia fotovoltaica. “É o caso dos módulos Vertex S, da Trina e Tiger Pro da Jinko, que proporcionam alta geração de energia.” Esses painéis tendem a chegar ao mercado com custo próximo aos dos modelos da geração anterior, porém, mais eficientes e reduzidos em tamanho.
“Já, as placas menores, para GD, prometem baratear os custos com frete internacional de doméstico, pois, os contêineres poderão suportar maior quantidade de watt-pico.
2021 será desafiador, mas com crescimento
O setor de energia fotovoltaica em 2021 tende a ser desafiador no início. Ainda estamos enfrentando o combate à pandemia no mundo todo. Por isso, no primeiro trimestre permanece uma demanda de fornecimento retraída, com as dificuldades para embarcar nas datas e volumes combinados.
A partir do segundo trimestre a expectativa é de normalização em relação ao primeiro. Por isso, a tendência é de que as atividades se intensifiquem a fim de atender a demanda retraída.
De acordo com Alberto Cuter, gerente geral da Jinko Solar na América Latina, o setor de energia fotovoltaica brasileiro expandiu. Apresentou níveis de crescimento entre os mais altos do mundo, graças a empresas bem preparadas com a Aldo Solar e outras do segmento.
Perspectivas para 2021
Segundo entendimento de Ronaldo Koloszuk, as perspectivas para 2021 são de crescimento acelerado no setor fotovoltaico. Isso se deve à expectativa de economia e atratividade ambiental que o segmento desperta para a geração distribuída. “Isso contribui para o desenvolvimento sustentável do país durante a superação da crise gerada pela pandemia.
De acordo com Aldo Teixeira, apesar do coronavírus, o Brasil chegou à marca de 4 GW em 2020. “Levamos sete anos para atingir 2GW de potência em GD, de 2012 a 2019, então, já dobramos esse montante.” Declarou, ainda, que para 2021, há expectativa de que os números aumentem, atingindo mais 4GW em potência instalada. Isso dobra o volume já registrado até agora.
Cenário no Brasil: expansão da energia fotovoltaica no pós-pandemia
O Brasil já é reconhecido como um player importante no mercado global fotovoltaico. Em 2020, o setor de energia solar em GD experimentou um crescimento de 50% em relação ao ano anterior. Alcançou a marca de 4 GW de potência instalada com 360 mil unidades consumidoras. Além disso, são 180 mil novas unidades adicionadas apenas em 2020. Mais motivos para percebermos o quanto a energia solar deve expandir pós-pandemia.
Para 2021 o crescimento estimado deve ser de, no mínimo, mais 4 GW e 360 mil novas unidades consumidoras. Assim, para 2023, estimamos que será mais 5GW de potência instalada e outras 400 mil novas unidades consumidoras.
Mercado solar continua em expansão
Por fim, sabemos que a Covid-19 chegou com uma nuvem de incertezas para esse mercado. No entanto, a pandemia terá um impacto limitado no setor de energia fotovoltaica em 2021 e, também, em longo prazo. A neutralidade do carbono, a paridade da rede e a energia solar continuarão sendo tendências globais, isso é inevitável. E, com as reduções significativas de custos, continuarão a impulsionar o crescimento das energias renováveis.
O que você achou das perspectivas para 2021? Siga em frente e mantenha-se atualizado em nosso blog e o site da Aldo Solar. Nossa certeza é que as inovações no setor de energia fotovoltaica continuarão em primeira mão para você!
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