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Os painéis solares são commodities? Diretor da Jinko Solar esclarece Os painéis solares são commodities? Diretor da Jinko Solar esclarece
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Os painéis solares são commodities? Diretor da Jinko Solar esclarece

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

Apesar de muitas pessoas não saberem o que são commodities, afirmamos que elas estão mais presentes em nosso dia a dia do que você imagina. Por isso, entrevistamos Alberto Cuter, gerente geral da Jinko Solar para a América Latina e a Itália. O executivo concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog da Aldo Solar sobre uma pergunta bastante comum no mercado mundial de energia solar. Afinal, os painéis solares são commodities?

Em primeiro lugar, o que são commodities?

Commodities são produtos que funcionam como matéria-prima. Eles, geralmente, são produzidos em larga escala e podem ser estocados sem perder a qualidade. Dessa forma, o mercado de commodities tem seus preços definidos pela oferta e procura desses materiais primários.

Então, a palavra commodity significa mercadoria, em tradução livre do inglês. Cabe frisar que, originalmente, o termo commodities era usado para designar quaisquer tipos de mercadorias. Mas, ao longo do tempo, essa designação passou por algumas mudanças.

Outras características das commodities

  • Grande importância mundial;
  • Produtos de origem primária;
  • Alto nível de comercialização;
  • Pouca industrialização;
  • Qualidade e traços uniformes de produção;
  • Não há diferenciação de marca.

Mas, afinal, os painéis solares são commodities?

Alberto Cuter declarou: “isso é algo que eu costumava dizer para todos que eu convidava para conferências ou mesmo em conversas. Não apenas a linha Tiger Pro da Jinko Solar, mas é negativa a afirmação que painéis solares são commodities.

Analogia sobre um sistema solar com uma casa

Quando você instala um sistema de energia solar em sua casa, pequena ou grande, é como se você estivesse construindo uma casa. E, você pode construir essa casa de diferentes maneiras. Pode construir uma casa que durará para sempre, como o Coliseu de Roma, que já tem mais de 2000 anos.  Ou, uma casa como as que são construídas nos Estados Unidos, que ao primeiro furacão saem voando. Nos dois exemplos são casas, mas elas são construídas com materiais diferentes e o mesmo acontece com os módulos solares.

Materiais diferentes na fabricação dos painéis solares

Conforme já adiantei, é possível construir módulos com diferentes materiais ou componentes. Então, você pode usar silício, mas existe o silício bom e o silício ruim, em termos de qualidade. Você pode, ainda, usar vidro solar, mas diferentes tipos de vidro solar. E, você pode usar folhas traseiras, mas existem diferentes tipos de folhas traseiras.

Mesmo que os módulos pareçam iguais, a qualidade não é a mesma. Por isso, não podemos dizer que os painéis solares são commodities, já que cada módulo é diferente. E isso não tem nada a ver com a diferença de preço.

Problemas com módulos na Itália

Na Itália, consumidores enfrentam um imenso problema com módulos que foram instalados em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. Eles não estão mais produzindo, ou produzem apenas 30% ou 40%, em vez dos 80% que eles deveriam continuar produzindo. E são problemas com o vidro, com a folha traseira e com as células internas.

Então, o cliente precisa substituí-los. E, se a empresa ainda existir, ele pode acionar a garantia, caso contrário, ele precisa pagar do próprio bolso.

Por isso, quando você está construindo uma casa, é preciso decidir o que vai construir. É é por isso que companhias como a Jinko se preocupam em entregar painéis que durarão para sempre ou por muitos anos; a escolha de ter materiais não muito bons deve ser do cliente e ele deve estar sabendo que poderá ter problemas.

Custos da matéria prima

Um recente artigo da PV Magazine afirma que os altos custos da matéria prima estão pressionando o preço dos módulos. E que isso está resultando na construção de módulos maiores. Mas isso não é o que acontece com a Jinko.

Assim, é possível afirmar que são dois assuntos diferentes. Um deles é o preço da matéria prima que ainda está subindo e colocando toda a indústria em uma situação muito crítica.

Mas, os que se encontram na pior condição são as empresas que atuam no segmento de serviços públicos, com grandes projetos. Elas assinaram o PPA (Power Purchase Agreement) com a empresa que comprará a energia que a usina elétrica produz a um determinado preço.

Talvez o preço tenha sido estipulado com base no custo do módulo ou do projeto criado no ano passado. Mas, o preço do ano passado já não é mais o preço de hoje. Apenas para exemplificar, o silício é a matéria prima mais importante. E, a partir de junho do ano passado até agora, esse material aumentou em 170% e isso tem um impacto gigantesco no preço dos painéis.

 Painéis grandes

A segunda pergunta diz respeito os painéis maiores e, falando francamente, o painel grande poderia ser bom para aqueles projetos grandes (projetos de 200, 300, 500 MW). Em alguns casos, poderia haver economia, mas essa não é bem verdade. Então, existem muitos problemas envolvendo esses painéis. A corrente interna, por exemplo, é muito alta. Por isso, é preciso usar cabos maiores ou cabos com seções maiores, caso contrário, há muita perda de energia durante a transmissão.

Módulos maiores não significam que você produzirá mais energia, pois, isso depende de todo o sistema. Isso envolve a estrutura usada do inversor, do cabo, basicamente de tudo. Então, maior não significa melhor.

Qual é a melhor solução?

Mas, é claro que, é preciso considerar a solução que você procura para qual tipo de projeto. Projetos pequenos ou projetos para o telhado não permitem o uso de produtos ou painéis solares muito grandes, pois eles são mais pesados.

Cada projeto deve ter a sua própria aplicação, seu próprio modo de uso para funcionar melhor.  Por exemplo, para o projeto de distribuição no qual a Aldo está envolvida, nós lançamos há duas semanas, no mercado mundial, módulos menores. São módulos de 1.7 e 1.9, pois eles funcionam melhor para esse tipo de projeto.

Os de 1.1 a 1.7, definitivamente, são melhores para instalação em um telhado solar. É claro que essa não é a melhor opção para uma instalação comercial/industrial de grande porte, já que para isso nós temos módulos maiores. E, também para os telhados, que representam um grande mercado mundial, com cerca de 35% de toda a instalação de painéis solares.

Mais uma vez, todas essas variantes exemplificam que não é correta a afirmação que os painéis solares são commodities.

Painéis solares são commodities?

O nosso cliente nos pergunta: porque não temos módulos menores, se para algumas aplicações eles são melhores?

Nos painéis menores é preciso levar em consideração a eficiência. Então, quanto maior a eficiência, maior será a produção do módulo por metro quadrado. Portanto, como fica a eficiência, mesmo em um painel maior que, é claro, produzirá mais energia?

O que eu quero é ressaltar a importância de escolher o módulo certo para cada projeto específico.

Tecnologia da Jinko para a geração distribuída

Nós possuímos uma longa história no mercado e sabemos o que acontece quando você não usa os componentes certos. Mas, com os módulos, nossa garantia é que após 20 ou 25 anos eles estarão produzindo 84% em relação ao começo, que era de 100%. E, se isso não acontecer nós temos que resolver, consertar ou substituir o módulo.

Nós também sabemos o que significa ter de substituir o módulo. Isso significa um custo imenso, não só para nós, mas também para o nosso cliente. E essa é a razão pela qual usamos os melhores componentes do mercado para os nossos produtos.

O preço por watt também é importante

Mesmo quando você vai comprar uma Ferrari, você sabe que o preço é importante, mas não deveria ser a primeira escolha. A melhor escolha, em todas as situações, deve ser pautada na qualidade dos módulos.

Depois, se você precisar escolher entre dois módulos, com exatamente a mesma qualidade, é claro que você precisará discutir sobre o preço. Mas, a qualidade teria que ser a mesma.

Principais considerações na hora de escolher um sistema FV

Também é importante entender que a saúde financeira do fornecedor deve ser levada em conta. Como eu disse, os nossos produtos têm uma garantia de 12 anos, com uma garantia de 25 anos na performance.

E o que acontece se em 3 ou 4 anos a Jinko desaparecer ou falir? Se o modelo financeiro ou a estratégia não estiverem bons? Nesse cenário, a garantia não terá valor nenhum, já que o fabricante não estará mais no mercado.

Saúde financeira do fornecedor

Outra coisa importante é a saúde financeira do fornecedor. Qual é a qualidade dos indicadores financeiros do fornecedor?

Quando um fornecedor oferecer o melhor preço da história, é preciso perguntar o porquê. É preciso pesquisar, pois já vi diversos fornecedores da China, da Europa e até dos EUA, oferecendo preços inacreditáveis, desaparecendo do mercado após alguns meses. É preciso checar o histórico financeiro, os bastidores financeiros, bem como solicitar o balanço e os resultados financeiros da empresa.

Consulta aos resultados financeiros

A Jinko está listada na bolsa de valores de New York. Precisamos divulgar a cada trimestre os nossos resultados financeiros. Esses registros são públicos. Então, é possível consultá-los para saber se a Jinko está bem ou não financeiramente. Às vezes, a empresa continua vendendo, mas de tal forma que continua perdendo dinheiro.

Às vezes, é possível perder dinheiro por um trimestre ou dois ao mudar de estratégia, ou promover algo. Mas não dá para perder dinheiro por um ano, dois anos ou três anos. Porém, existem fornecedores que perdem dinheiro todos os anos.

É possível sobreviver no mercado se a empresa estiver perdendo dinheiro todos os anos? Me parece que não. Se você vai comprar um produto, não apenas painéis solares, considerando uma longa vida, é preciso ter cuidado e checar os números da empresa.

Atuação da Jinko no Mercado global e planos para o Brasil

A Jinko é uma das maiores fabricantes de módulos do mundo há mais de 40 anos. No ano passado nós vendemos, em todo o mundo, mais de 18.7 GW e chegamos à segunda posição como fabricantes de módulos solares no mundo todo.

Definitivamente, a Jinko é uma das empresas mais importantes da indústria. Vendemos nossos produtos em cerca de 150 países e temos cerca de 3 mil clientes. E, para um de nossos maiores clientes, vendemos mais de 10 GW. Contudo, em todo o mundo já vendemos mais de 80 GW e somos a primeira empresa a atingir este marco.

Sobre a energia solar no Brasil

O Brasil é um país incrível para o segmento solar e representa uma grande oportunidade para a indústria. E a produção da energia solar é muito barata no Brasil, pois o país conta com uma irradiação solar imensa.

Vale dizer que até a matriz energética do Brasil é muito boa e limpa, por utilizar muito a energia hidrelétrica. Mas essa fonte apresenta problemas durante a estiagem, já que não tiver água o bastante, não há produção de energia suficiente.

Equilíbrio da matriz energética

A energia solar é boa para equilibrar a matriz energética e é muito fácil para a rede elétrica realizar esse intento. Portanto, o governo brasileiro entendeu isso e está envolvido em um grande projeto. Por exemplo: o Brasil possui o maior projeto do mundo para usar painéis bifaciais no Ceará.

E eles estão usando os painéis bifaciais da Jinko. Então, o Brasil também é incrível para projetos de distribuição de energia. Nesse sentido, o projeto pequeno no qual a ALDO está envolvida é um grande foco.

O que esperar

A expectativa é que esse projeto conte com mais instalações do que os grandes e isto é incrível. Empresas como a Aldo estão fazendo um ótimo trabalho de promoção da energia solar, não só para os sistemas conectados à rede elétrica, mas também para projetos OFF GRID.

O trabalho desenvolvido por essas empresas foi fundamental para promover projetos com sistema solar que ajudam a produzir sua própria energia. E, claro, de uma maneira segura para as mudanças climáticas.

Previsão de crescimento no Brasil este ano

Esperamos progredir em torno de 50% em relação ao ano passado e vender no Brasil por volta de 1.5 GW. E, como o mercado brasileiro ficará em torno de 8 GW este ano, provavelmente esses 8GW podem se revelar um pouco crítico. Isso deve ser considerado especialmente para projetos públicos, já que os preços estão altos no momento. Portanto, para esse ano, particularmente, acredito que permanecerá em torno de 4 ou 5GW.

Por fim, considerando todas as variáveis que envolvem uma instalação fotovoltaica, a dúvida inicial foi sanada textualmente, ou seja, os painéis solares são commodities? A resposta é negativa.

E, para conhecer mais detalhes sobre componentes de projetos fotovoltaicos, saiba aqui tudo sobre o painel solar monocristalino!

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