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Novembro Azul: o que causa o câncer de próstata e como preveni-lo

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

O mês de Novembro, também conhecido como Novembro Azul, foi eleito para lembrar da importância da prevenção ao câncer de próstata. Esse tipo de câncer é o mais comum entre homens com idade superior a 50 anos. Por isso, segundo estatísticas americanas, um a cada seis homens podem desenvolver essa doença ao longo da vida. No entanto, a perspectiva é de que apenas um morrerá em 35 portadores. Nos homens, ele é a causa de 10% das mortes oriundas do câncer e fica atrás somente dos tumores de intestino e de pulmão. E você, sabe o que causa o câncer de próstata?

No Brasil, ele é o segundo mais comum entre pacientes do sexo masculino e fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Então, quando se fala em valores absolutos e considerando ambos os sexos, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum. Assim sendo, nos países desenvolvidos, a taxa de incidência é maior, se compararmos com os países em desenvolvimento.

Nesse post, vamos falar sobre o que causa o câncer de próstata e sua prevenção que, infelizmente, ainda é motivo de tabu para muitos homens. Isso porque uma boa parcela insiste em não levar esse problema a sério e não faz os exames regularmente.

A Aldo Solar apoia todas as iniciativas que visam o bem-estar, a qualidade de vida e a prevenção de doenças. Reforçamos que mesmo em tempos de COVID-19, acreditamos que é necessário realizar todos os exames e cuidar-se, também, quanto à prevenção do Câncer de Próstata.

Mas, o que causa o câncer de próstata, afinal?

Em primeiro lugar, é importante definir que a próstata é uma glândula existente apenas no homem e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é pequena, com formato semelhante à maçã e se situa logo abaixo da bexiga, à frente do reto – parte final do intestino grosso. É um órgão que envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina é eliminada, quando armazenada na bexiga. Assim, a próstata é responsável pela produção de parte do sêmen, um líquido espesso que contém os espermatozoides e é liberado durante o ato sexual.

É importante saber que o câncer da próstata, em sua fase inicial, evolui silenciosamente. Por isso, muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata. Em razão disso, é fácil confundir com a dificuldade de urinar ou a necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Então, quando chega à fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, ao se tornar mais grave, apresenta infecção generalizada ou insuficiência renal.

É fundamental esclarecer que, quanto mais avançado estiver o tumor, mais mutações ocorrem nas células cancerosas, tornando sua evolução mais agressiva. Essas células se multiplicam mais rápido que as células saudáveis presentes na próstata. Elas podem invadir os tecidos, se disseminando por órgãos distantes do foco inicial pela via linfática ou sanguínea. Por isso, é tão importante ficar atento a qualquer sinal de anormalidade.

Fatores de risco

O antecedente familiar é um fator de grande relevância. Portanto, pacientes cujo pai ou tio tiveram câncer de próstata apresentam o dobro do risco para desenvolver a doença, em comparação ao restante da população. O risco aumenta ainda mais, caso o paciente tenha um irmão portador da doença. Além disso, se o homem tiver menos de 65 anos e mais de um parente com a doença, esse risco aumenta de 6 a 11 vezes. Então, parentes em primeiro grau, que apresentem câncer de próstata detectados antes dos 55 anos podem ser portadores de câncer de próstata hereditário. No entanto, essa incidência é de menos de 2% dos casos.

Outro fator de risco é a alimentação rica em gordura e carne vermelha e pobre em legumes, vegetais e frutas. Essa situação aliada ao sedentarismo e à obesidade tornam o câncer de próstata mais agressivo. Além disso, são agravantes a taxa mais alta de estrogênio e os fatores étnicos (negros têm incidência maior e descendentes de asiáticos apresentam menor). Também interfere, a região em que vive, níveis de poluição ambiental, contato com derivados de borracha e outras substâncias, como cromo, ferro, cádmio e chumbo.

Como detectar a doença?

Saber o que causa o câncer de próstata é essencial. No entanto, a melhor estratégia de prevenção é detectar o mais cedo possível – na fase inicial – o que pode aumentar as chances de sucesso no tratamento. A detecção pode, ainda, ser investigada por meio de exames clínicos, radiológicos ou laboratoriais. Esses procedimentos devem ser feitos em pessoas com sintomas e sinais que sugerem o aparecimento do câncer, e esse é o diagnóstico precoce.

Já, homens que pertencem a grupos com maiores chances de desenvolver a doença podem fazer exames periódicos, mesmo que não apresentem sinais nem sintomas. Esses exames são constituídos pelo toque retal e o exame de sangue, com o intuito de avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Contudo, apesar de tantos cuidados, infelizmente, não há evidência científica de que rastrear o câncer de próstata possa trazer mais benefícios que riscos. Por isso, o INCA (Instituto do Câncer) não recomenda a realização desses exames de rotina, para esse fim. Portanto, ao buscar pelo rastreamento desse tipo de tumor, a recomendação do Instituto é de que os homens sejam esclarecidos quantos aos riscos do procedimento. O INCA alerta, também, sobre a possível ausência de benefícios de fazer esses exames como rotina.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce do câncer de próstata melhora muito as chances de obter resultados no tratamento, conforme já dito. Por isso, sua busca deve ser feita por meio da investigação de sinais e sintomas como os que listamos a seguir:

    • Dificuldade de urinar;
    • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite;
  • Sangue na urina.

Contudo, destacamos que, na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, ainda assim, é fundamental que eles sejam investigados por um médico.

Como o câncer de próstata pode ser identificado?

A identificação pode ser feita com a combinação de dois exames:

  • Dosagem de PSA: é o exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico;
  • Toque retal: a glândula fica em frente ao reto. Por isso, esse exame permite que o médico palpe a próstata e perceba se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). Quanto ao toque, ele é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. Por isso, é rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e manifestarem enorme resistência em realizar o exame.

Contudo, vale a pena fazer o exame caso apareça algum sinal ou sintoma. Lembre-se de que a observação de qualquer anormalidade, juntamente com a prevenção é sempre a mais eficaz arma no combate a essa doença. Cuide-se sempre!

Confira a mensagem do Novembro Azul dos nossos tenistas: Bruno Soares e Marcelo Demoliner.

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