Quando comparado a outras nações, a energia solar no Brasil ainda não tem uma grande participação na geração energética do país. Entre todas as fontes utilizadas, apenas 1,2% fica a cargo do sol, número menor que as matrizes eólica (8,2%) e nuclear (3,6%). Mas o futuro da energia solar no Brasil é radiante! Para saber um pouco mais sobre expectativas para o setor nos próximos anos, leia nosso artigo até o fim!
As previsões sobre o futuro da energia solar no Brasil são otimistas. Desde que a Aneel aprovou a mini e microgeração por meio da Resolução Normativa 482, de 2012, a matriz tem crescido todos os anos, já que, além de uma forma de economia, também trata-se de uma fonte renovável e limpa.
Histórico da energia solar no Brasil
Para entender quais as tendências relacionadas à energia solar no futuro, é importante saber qual o panorama atual, bem como os principais acontecimentos e marcos com relação à regulamentação.
Geração centralizada
A energia solar como conhecemos é estudada desde o século 19, e a primeira célula fotovoltaica foi criada no ano de 1954. Porém, a geração no Brasil só começaria a partir da década de 2011, com a construção de usinas para gerar eletricidade em escala comercial.
A primeira delas foi a de Tauá, no Ceará, seguida por exemplares na Bahia, Piauí, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e São Paulo. Hoje, há cerca de 73 usinas solares no Brasil, além de mais de 50 em fase de projeto ou construção.
Paralelo a isso, o Governo Federal realizou o primeiro leilão para contratação de geração pública centralizada em 2014, a princípio, de 890 MW. Essa prática foi repetida no mesmo ano e nos anos seguintes.
Mini e microgeração
Para que houvesse mini e microgeração no país, era preciso que os órgãos responsáveis criassem uma legislação para energia solar que determinasse como esse processo funcionaria. A partir daí, surgiu a Resolução Normativa nº 482, de 2012, proposta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e um divisor de águas para o setor.
Entre outros detalhes (como equipamentos permitidos, sistemas de distribuição e medição), ficou estabelecido que a compensação seria feita da seguinte forma: a cada quilowatt-hora originado por um gerador de energia solar particular, o usuário podia resgatar a mesma quantia na fatura do mês subsequente.
Entre o final de 2018 e início de 2019, a Agência propôs uma revisão para a norma, a Resolução Normativa nº 687. A alteração se daria justamente no sistema de compensação, que passaria a uma taxa entre 72 até 37% do total, e não mais 100%.
Apesar disso, essa mudança ainda não foi instituída e a questão permanece em debate. Isso porque a taxação da geração pode atrapalhar o avanço das fontes de energia ecológicas, deixando de explorar o potencial do país.
Previsões para o futuro da energia solar no Brasil
Apesar de pouco menos de 1% da matriz energética brasileira ser solar atualmente, especialistas do ramo apontam que o Brasil terá um aumento significativo nos próximos anos na energia fotovoltaica, movimentando a economia e gerando uma grande quantidade de empregos no setor.
O primeiro ponto que sustenta isso é o potencial. De acordo com as pesquisas sobre energia solar da Absolar, temos a capacidade para alimentar o equivalente a 170 países de mesmo tamanho, recebendo entre 4.444 Wh/m² a 5.483 Wh/m² de radiação solar diariamente.
Até as cidades menos iluminadas pelo Sol têm 40% de radiação a mais que a Alemanha, que está entre as líderes na geração de energia fotovoltaica, conforme aponta estudo feito pelo Sebrae.
Não bastasse isso, também temos uma das maiores reservas de silício do mundo, o principal elemento utilizado para a confecção de painéis fotovoltaicos.
Em consequência a tantos números favoráveis, a demanda pelo consumo de energias renováveis vem crescendo nos últimos anos. Um sintoma é o crescimento no número de empresas no ramo de energia solar que surgem todos os dias e hoje já ultrapassa os 10 mil.
Com base nesse crescimento, o presidente da Absolar, Ronaldo Koloszuk, também acredita que, em 30 anos, os números da geração distribuída vão ultrapassar os da geração centralizada. Ou seja, o brasileiro terá cada vez mais autonomia, economia e sustentabilidade com sua própria energia.
A matriz energética brasileira e o futuro da energia solar no Brasil
Um dos estudos mais citados que busca entender o futuro da energia solar no Brasil foi publicado pelo Sebrae em 2019, intitulado Cadeia de valor da energia solar fotovoltaica no Brasil.
De acordo com o observado pelos pesquisadores, as previsões são muito otimistas. A expectativa é que, até 2040, a energia solar lidere todas as matrizes brasileiras, representando 32% do total.
Esse número seria ainda maior que o da matriz hidráulica, que hoje é responsável por mais de 65% do abastecimento brasileiro. Nessa projeção, ela cairia mais da metade, passando a ser 29%.
Problemas relacionados à RN nº 482
Como ponto negativo em relação ao futuro da energia solar no brasil está a revisão da Resolução Normativa nº 482. Porém, por ainda não se tratar de algo definitivo, a sociedade civil (usuários e trabalhadores do ramo) tem buscado respostas junto a parlamentares brasileiros.
Hoje, há projetos de lei que visam barrar as novas propostas da Aneel e criar mecanismos de incentivo ao uso da energia fotovoltaica.
Dessa forma, nem mesmo a iminência de um revisão na regulamentação do setor pode impedir a expansão que a exploração da matriz fotovoltaica deve ter nos próximos anos.
Para os empreendedores do setor, essa é uma ótima notícia. Quem tem ou pretende abrir uma empresa no ramo pode começar desde já e, assim, sair à frente da concorrência nos próximos anos.
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