Distribuidoras e concessionárias usam o governo para manter os lucros, inviabilizando a produção própria.
*Por Aldo Pereira Teixeira, presidente fundador da ALDO
Se é melhor, mais barata, ecologicamente correta, se só traz benefícios, então, por que “eles” não querem que a coisa evolua?!
A pergunta poderia ser feita por várias frentes empreendedoras do Brasil, país que efetivamente explora o tema “empreendedorismo” como forma de incentivar o povo a fazer por si, e, automaticamente em parte, diminuir a cota de responsabilidade do Estado na manutenção do bem-estar da população. Afinal, quem faz por si, não precisa de ajuda.
Mas em poucos setores a resposta para a pergunta acima é tão óbvia quanto para o setor da produção da energia solar. Alguns não querem que a “coisa evolua” porque querem manter o monopólio, o poder de decisão, querem manter o consumidor eternamente sob regras que impõem e, assim, manterem-se soberanos no mercado.
Explicando: o proprietário de uma casa investe na compra de equipamentos para produção de energia solar. Uma parte ele consome e outra parte ele integra à rede elétrica estabelecida. Neste ritmo, ele simplesmente paga a energia que consome, oferecendo em troca a energia excedente.
Neste artigo, vou evitar comentar novamente todos os benefícios econômicos e ecológicos da implantação da energia solar em larga escala, como já acontece em outros países. Países desenvolvidos que já entenderam que o incentivo à produção limpa de energia é mais que uma alternativa: é uma necessidade.
Voltando ao ponto inicial: em outubro deste ano, as distribuidoras de energia elétrica acolheram uma proposta Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – que visa implementar um tributo de 62% sobre qualquer brasileiro que quiser produzir eletricidade usando o sol que banha seu telhado.
Do ponto de vista de quem se interessa em produzir energia limpa e mais barata, o prazo de retorno do investimento em painéis solares hoje fica em torno de cinco anos. O novo imposto, se implementado, aumenta o tempo de retorno do investimento em geração solar distribuída em mais de 20 anos, tornando a produção solar economicamente inviável.
Numa visão mais abrangente, fica claro que se a produção de energia elétrica a partir da matriz solar é feita em larga escala, diminui a necessidade de produção de energia elétrica por meio de hidrelétricas e, principalmente, termelétricas que é a energia mais cara e poluidora do sistema elétrico brasileiro, já que depende da importação de gás da Bolívia.
Não há como instalar uma usina termelétrica no meu quintal, mas posso produzir energia de matriz solar no meu telhado.
Para ilustrar o tamanho do “medo” que as concessionárias de energia têm caso a energia solar se desenvolva em massa no Brasil: hoje, 60% da energia elétrica que consumimos é produzida em hidrelétricas e 17% por termelétricas. A produção de energia solar teria que representar entre 15% e 20% de toda a produção de energia do país para que representasse um mínimo de concorrência às modalidades mais caras e mais poluentes. As concessionárias tentam inviabilizar uma “concorrência” que representa apenas 0,9% da energia produzida/consumida no país.
Então, por que não dar condições para a produção de energia a partir do sol que ilumina nosso país e preferir comprar o combustível fóssil produzido pelo país vizinho? Para manter o brasileiro como consumidor cativo e assegurar o monopólio da venda de energia elétrica ao consumidor final. As empresas detêm a produção e a distribuição sob seu controle.
Só assim, as empresas conseguem que o Governo (diga-se o povo) pague para que elas possam desviar rios, alagar cidades inteiras, ou por suas necessidades de investimento em linhas de distribuição, por exemplo. Somente assim a população pode garantir a sobrevivência das distribuidoras. Sozinhas elas não conseguiriam, já que são dependentes da quantidade de chuvas que abastecem os reservatórios que movimentam a hidrelétricas ou estão suscetíveis a variação de preços de combustíveis que fazem funcionar a termelétricas.
Faça parte deste movimento, acesse www.soumaissolar.com.br
Aldo Pereira Teixeira é presidente fundador da ALDO, empresa sediada em Maringá – PR com 38 anos no mercado com mais de 16.000 clientes entre revendedores e instaladores em todo o Brasil. É uma das líderes em soluções para a geração de energia solar no país, além de figurar entre as mais reconhecidas distribuidoras de soluções em Tecnologia da Informação e ser distribuidora autorizada da DJI.
Mais informações: www.aldo.com.br
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