A geração distribuída é um modelo de produção de energia elétrica que tem ganhado destaque no setor energético. Enquanto o modelo tradicional é centralizado, no qual grandes usinas geram energia que é distribuída por longas distâncias até o consumidor final, a geração distribuída ocorre próxima ao ponto de consumo.
Dessa forma, essa abordagem descentralizada reduz perdas na transmissão e promove maior autonomia energética para residências, comércios e indústrias. No Brasil, ela vem sendo impulsionada pela legislação favorável e também pelos avanços tecnológicos, como os sistemas fotovoltaicos.
Esse modelo traz grande contribuição à transição energética, pois incentiva o uso de fontes renováveis, como energia solar e eólica. Mas como exatamente funciona esse sistema? Continue a leitura para compreender.
Como funciona a energia distribuída?
De modo geral, a geração distribuída funciona por meio da produção de energia próxima ao ponto de consumo e utiliza fontes renováveis, como painéis solares ou turbinas eólicas.
O sistema envolve componentes como geradores, inversores e medidores bidirecionais. Os geradores produzem energia, que é convertida de corrente contínua para alternada pelos inversores, o que faz dela compatível com a rede elétrica.
Os medidores bidirecionais registram a energia consumida e a energia excedente enviada de volta à rede para permitir compensações na conta de luz.
Assim, além de suprir a demanda local, o excesso de energia pode beneficiar outras áreas, o que promove eficiência e sustentabilidade.
Diferenças entre microgeração e minigeração distribuída
Quando se trata de geração distribuída, é importante entendermos que existem duas categorias envolvidas: microgeração e minigeração, sendo definidas principalmente pela capacidade instalada.
A microgeração refere-se a sistemas com potência de até 75 kW, conectados à rede, comuns em residências e pequenos comércios. Já a minigeração abrange sistemas entre 75 kW e 5 MW, geralmente utilizados por indústrias ou grandes estabelecimentos comerciais.
Para entender melhor, podemos imaginar o exemplo de uma residência com painéis solares no telhado para produzir sua própria energia em pequena escala. Esse é um caso de microgeração. Por outro lado, uma indústria que utiliza turbinas eólicas para atender parte de sua demanda elétrica exemplifica a minigeração.
É importante destacar que ambas as categorias são regulamentadas no Brasil e, com o cumprimento de critérios, podem ser implementadas de maneira bastante positiva. Assim, oferecem diversos benefícios como a redução de custos e o incentivo à sustentabilidade.
Qual é a diferença entre geração distribuída e geração centralizada?
A principal diferença entre esses dois modelos está na localização da produção de energia, que pode ser mais ou menos eficiente ou necessitar de diferentes estruturas.
Na geração centralizada, grandes usinas produzem a energia, transmitida por longas distâncias até chegar ao consumidor. Para isso, são necessárias infraestruturas como linhas de transmissão e subestações, o que pode gerar perdas durante o transporte.
Já na geração distribuída, a energia é produzida próxima ao ponto de consumo, e isso reduz essas perdas. Além disso, o modelo descentralizado oferece maior flexibilidade e independência para os consumidores, enquanto o centralizado é dependente de fontes tradicionais e menos renováveis.
Por que a geração distribuída está em crescimento?
Vários fatores explicam o crescimento acelerado da geração distribuída. Entre eles estão os avanços tecnológicos, que trouxeram redução nos custos de painéis solares e inversores. Além disso, os incentivos governamentais, como isenções fiscais e linhas de financiamento, atraem os consumidores residenciais e empresariais.
Por esses motivos, aumentou-se muito o número de imóveis que fazem uso dessa modalidade. De 2021 para 2022, por exemplo, a geração distribuída cresceu 70%. E, a previsão é de que, até 2034, a geração distribuída ultrapasse os 70 GW de potência instalada, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Outro fator importante é o aumento da conscientização ambiental. Consumidores estão mais preocupados com a sustentabilidade e buscam soluções que reduzam sua pegada de carbono. Isso fez com que a geração distribuída e os sistemas fotovoltaicos se consolidassem como uma alternativa viável e vantajosa para diversos segmentos.
Benefícios da geração distribuída
Com a popularização dessa forma de produção de energia, o impacto positivo é cada vez mais evidente.
Isso porque a geração distribuída chegou a 30,069 GW de capacidade instalada, o que traduz seu crescimento e relevância. Além disso, podemos citar outros benefícios e vantagens! Confira.
Economia e eficiência energética
A GD reduz custos ao permitir que o mercado produza sua própria energia e diminui a dependência das redes tradicionais e as contas de eletricidade.
O excedente de energia gerado pode ser injetado de volta à rede para abater consumos da rede pública no prazo de até 60 meses.
Além disso, a proximidade da produção com o consumo reduz perdas na transmissão, o que aumenta a eficiência do sistema elétrico. Essa abordagem descentralizada melhora a estabilidade e a confiabilidade da energia fornecida.
O protagonismo da geração distribuída tem se destacado por transformar o cenário energético e promover sustentabilidade e uma economia mais verde e eficiente.
Impacto ambiental positivo
Ao utilizar fontes renováveis como energia solar e eólica, diminui-se a dependência de combustíveis fósseis, que são grandes emissores de gases de efeito estufa.
Esse processo contribui diretamente para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, a geração distribuída promove a conservação de recursos naturais e reduz a necessidade de grandes infraestruturas de transmissão que, muitas vezes, impactam negativamente o meio ambiente.
Autonomia energética
A geração distribuída oferece, também, aos consumidores maior independência em relação à rede elétrica convencional.
Assim sendo, ao produzir sua própria energia, residências e empresas ficam menos vulneráveis a oscilações de preços e interrupções no fornecimento, o que possibilita maior previsibilidade e controle sobre os custos energéticos.
Valorização do imóvel
Outro ponto de destaque é que a instalação de sistemas de geração distribuída aumenta o valor de mercado do imóvel. Compradores estão dispostos a pagar mais por propriedades com sistemas sustentáveis e custos reduzidos de energia.
Além disso, é válido lembrar de que esse diferencial mostra um compromisso com a sustentabilidade, um fator cada vez mais prestigiado.
Redução de perdas durante a distribuição e a transmissão
Toda vez que a energia é gerada de forma centralizada, ela viaja quilômetros até chegar aos devidos centros de distribuição. Daí, a energia é enviada para diversos outros pontos, até chegar ao destino.
E isso resulta em algumas consequências. A primeira são os altos gastos com a construção de linhas de distribuição. A segunda, são as perdas durante o processo de transmissão, que gera desperdícios durante o trajeto.
Assim, a GD colabora com a diminuição significativa dessas perdas, já que a maior parte do que se gera é consumido no próprio local.
Mais estabilidade para o sistema
O sistema se torna mais confiável com a geração distribuída. Isso ocorre porque, em momentos em que não pode suprir a demanda sozinho (à noite ou em dias nublados), o excedente gerado anteriormente pode ser usado. Assim, evita-se a falta de energia na unidade consumidora e torna as quedas muito mais raras.
Geração de empregos
O setor, que já gerou cerca de 1,4 milhões de empregos desde o início dessas atividades no Brasil, vive a expectativa de bater até 3,5 milhões de novos postos de trabalho até 2030.
Quem pode ter geração distribuída?
A geração distribuída está acessível para diversos perfis de consumidores, como residências, comércios, indústrias e propriedades rurais. No entanto, para adotar o sistema, é necessário dispor de espaço físico adequado para a instalação, como telhados para painéis solares ou terrenos para turbinas eólicas.
Além disso, é preciso garantir a viabilidade técnica do projeto e considerar, por exemplo, a disponibilidade de sol ou vento na região e a capacidade da rede elétrica local. Outro ponto importante é a questão financeira, que pode representar um custo inicial elevado, porém com possibilidade de utilizar linhas de financiamento específicas.
Por fim, a legislação brasileira regulamenta a GD e permite que várias categorias de consumidores adotem sistemas de geração distribuída.
Quais são os desafios e desvantagens da geração distribuída?
Apesar dos inúmeros pontos positivos da geração distribuída, é importante que os consumidores avaliem algumas questões antes de iniciar o projeto. Confira alguns fatores a seguir:
- custo inicial elevado, no que diz respeito à aquisição e instalação de equipamentos;
- dependência climática, do sol ou do vento, por exemplo, o que leva a variações na geração de energia ao longo do tempo;
- espaço físico necessário para instalação de painéis solares ou turbinas eólicas;
- integração com a rede elétrica, demanda por estrutura e atenção à regulamentação;
- payback do investimento, que pode levar de 4 a 5 anos para acontecer — o que é muito vantajoso, já que a vida útil das placas é de 25 anos;
- barreiras regulatórias e burocráticas para melhoria e implementação do sistema.
Embora existam desafios importantes a serem avaliados, muitos vêm sendo solucionados e, a cada dia, essa alternativa se torna ainda mais vantajosa. Políticas públicas, incentivos, opções de financiamento, mão-de-obra mais qualificada e tecnologias avançadas são alguns exemplos que têm mudado o cenário desafiador.
Quais são as fontes de energia utilizadas na geração distribuída?
A geração distribuída utiliza principalmente fontes renováveis, que se destacam por seu baixo impacto ambiental e eficiência. Abaixo listamos as principais fontes e seus diferenciais.
Energia solar
A fonte mais popular na geração distribuída no Brasil. Os sistemas fotovoltaicos convertem a luz do sol em energia elétrica, portanto, oferece uma solução sustentável e com alta disponibilidade em grande parte do território brasileiro. Além disso, os custos de instalação e manutenção tornaram-se mais acessíveis ao longo dos anos.
Energia eólica
Aproveita a força dos ventos para gerar eletricidade, sendo ideal para o litoral, por exemplo. Turbinas eólicas de pequeno porte podem ser instaladas em propriedades rurais ou áreas urbanas.
Biomassa
Utiliza materiais orgânicos, como resíduos agrícolas e industriais, para gerar energia. É uma opção interessante para propriedades rurais e indústrias que já produzem esses resíduos como subprodutos e podem, dessa forma, ter uma melhor destinação.
Hidráulica de pequeno porte
Conhecida como PCH (Pequenas Centrais Hidrelétricas) ou CGH (Centrais Geradoras Hidrelétricas), utiliza cursos d’água para gerar energia. Essa fonte é bastante eficiente e tem menor impacto ambiental em comparação com grandes hidrelétricas.
Geração distribuída no Brasil: panorama atual
No Brasil, a geração distribuída tem crescido de forma exponencial nos últimos anos e se consolida como uma alternativa viável e sustentável para consumidores residenciais, comerciais e industriais.
Entre os destaques do cenário brasileiro está o crescimento do setor. Desde a regulamentação da geração distribuída em 2012, o Brasil já ultrapassou a marca de 4 milhões de unidades consumidoras conectadas à geração distribuída em 2024, segundo dados da ABSOLAR.
Esse número equivale a 4,5% do total de ligações de eletricidade do Brasil e mostra quanto o setor tem potencial para avançar ainda mais.
É importante destacar que esse crescimento está relacionado também com a Lei 14.300/2022, o Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída, que ofereceu maior segurança jurídica para consumidores e investidores. Essa legislação trouxe regras claras para compensação de energia e incentivo ao uso de fontes renováveis.
Futuro da geração distribuída no Brasil
O setor de geração distribuída no Brasil apresenta um futuro promissor, com tendências que apontam para a expansão e consolidação desse modelo. Entre as principais perspectivas estão as apresentadas a seguir:
- avanços tecnológicos: o desenvolvimento de baterias de armazenamento e sistemas inteligentes promete aumentar a eficiência e fornecer a geração distribuída, o que permite maior autonomia dos consumidores;
- regulação e incentivos: o Marco Legal continua sendo um fator importante para o crescimento do setor. Além disso, espera-se que novos incentivos fiscais e programas governamentais impulsionem a adesão ao modelo;
- aumento da demanda: com o crescimento da consciência ambiental e os custos elevados da energia convencional, a demanda por soluções de geração distribuída deve continuar em alta;
- integração com redes inteligentes: a modernização das redes elétricas permitirá maior eficiência no gerenciamento da energia gerada e criará um ecossistema mais robusto e sustentável.
Em vista disso, o futuro da geração distribuída está diretamente ligado à inovação tecnológica e ao compromisso com a sustentabilidade.
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