Pico de energia é uma elevação súbita e temporária na tensão elétrica que circula pelos fios de uma rede (também conhecido como surto elétrico). Esse aumento dura apenas frações de segundo, mas tem potencial para causar grandes danos aos equipamentos conectados.
Em ambientes residenciais, comerciais ou industriais, essas oscilações podem afetar desde um simples eletrodoméstico até sistemas de alto valor, como servidores e máquinas. É algo diferente de uma queda de energia, pois, em vez de interrupção, há excesso de consumo de energia.
Neste artigo, apresentamos as causas desse fenômeno e o que precisa ser feito para proteger os aparelhos, detalhando as soluções de engenharia mais robustas, como o Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS), e o guia completo para solicitar o ressarcimento de danos junto à ANEEL. Confira!
Quais as principais causas dos picos de energia?
Os picos de energia são fenômenos que podem ocorrer em qualquer instalação elétrica e, geralmente, acontecem de forma inesperada. É importante entender que eles têm diferentes origens.
Por isso, compreender as causas ajuda a identificar possíveis vulnerabilidades na infraestrutura elétrica e evitar prejuízos. Embora alguns picos sejam naturais e inevitáveis, muitos podem ser reduzidos com planejamento e manutenção.
Confira as causas mais frequentes de picos de energia.
Descargas atmosféricas
Raios são uma das causas mais conhecidas de picos de energia. Quando uma descarga elétrica atinge a rede, ela pode gerar uma sobretensão que se propaga rapidamente e atinge os equipamentos conectados.
Esse tipo de pico de energia é mais intenso e com grande potencial de causar danos.
Variações e falhas na rede elétrica
Problemas técnicos nas concessionárias, como manobras em subestações, falhas em transformadores ou quedas repentinas no fornecimento, podem provocar oscilações e picos de tensão.
Também é comum que, após uma queda de energia, o retorno abrupto provoque um pico.
Equipamentos de grande potência ligados na rede
O acionamento de grandes motores, máquinas industriais ou sistemas de climatização pode causar variações no fluxo elétrico, principalmente em redes mais antigas ou mal dimensionadas.
Esse é um fator que afeta negativamente a estabilidade da tensão elétrica.
Quais os riscos e consequências dos picos de energia?
Os picos de energia, mesmo que breves, são capazes de comprometer a segurança, o funcionamento e a durabilidade dos equipamentos. Em muitos casos, os prejuízos causados são silenciosos, aparecendo com o tempo como falhas intermitentes.
Além de afetar eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos comuns, esses surtos podem prejudicar sistemas inteiros. E isso necessita de bastante atenção, em especial quando se trata de empresas que operam com computadores, servidores e automação.
Entenda alguns desses riscos nos tópicos abaixo.
Danos a equipamentos eletrônicos
A elevação súbita da tensão pode queimar fontes, placas e circuitos internos de equipamentos eletrônicos. Dispositivos de alta potência, como TVs, PCs e eletrodomésticos, são particularmente suscetíveis a danos terminais em seus circuitos internos.
Nota sobre celulares e segurança pessoal: A incidência de danos em smartphones é mais rara, pois carregadores originais ou de marcas conhecidas costumam incorporar mecanismos internos para evitar a transferência excessiva de energia.
No entanto, a principal recomendação de segurança é crucial: nunca mexa no celular na tomada durante uma tempestade, pois a descarga elétrica pode ser fatal nos casos mais extremos.
Em alguns casos, o prejuízo é total, exigindo substituição do aparelho. Em outros, surgem falhas progressivas que comprometem o desempenho com o tempo.
Perda de dados e informações
Essa é uma questão bastante delicada para equipamentos como computadores, servidores e sistemas de automação. Os picos de energia podem causar desligamentos abruptos e perda de dados não salvos.
Esse é um risco significativo em ambientes corporativos, afetando produtividade e continuidade de processos.
Impactos na conta de luz
Embora nem sempre perceptível, os picos de energia também podem interferir no consumo, principalmente quando danificam sistemas de refrigeração ou iluminação.
Isso pode fazer com que operem de forma ineficiente, o que acaba elevando o gasto mensal de energia.
Como proteger seus aparelhos contra picos de energia? Hierarquia de soluções
A proteção contra surtos deve ser vista em uma hierarquia, onde a primeira linha de defesa é na instalação elétrica, e a segunda, no ponto de uso do aparelho.
Atualmente, o mercado oferece diversas soluções para proteger residências, comércios e empresas contra os efeitos nocivos dos picos de energia. Cada tipo de proteção deve ser avaliado conforme as características da instalação elétrica e os equipamentos utilizados:
1. Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS): a primeira linha de defesa
O DPS é um equipamento especializado e a forma mais eficaz de proteção padronizada para todo o sistema elétrico. Diferentemente dos outros dispositivos, ele é instalado no Quadro de Distribuição, entre as fases e o aterramento de proteção.
Sua função é desviar ou limitar sobretensões transitórias, como aquelas causadas por raios ou manobras bruscas na rede, conduzindo a corrente de surto para o terra em um tempo de resposta de apenas ≈25 nanossegundos. Ao incluí-lo, você protege a infraestrutura da casa ou empresa antes que o surto chegue aos aparelhos.
2. Nobreaks (UPS)
Além de proteger contra picos, os nobreaks garantem que os aparelhos permaneçam ligados por um tempo após a interrupção de energia. Eles são ideais para escritórios e ambientes que precisam de tempo para desligar sistemas com segurança.
Além de contar com as soluções mencionadas, investir em energia solar com baterias, como as soluções oferecidas pela Aldo Solar, é uma ótima forma de manter a estabilidade mesmo em situações de oscilação na rede.
3. Estabilizadores de energia
A função principal do estabilizador é corrigir a tensão, provendo energia estabilizada aos equipamentos conectados, o que o torna útil em locais onde a tensão oscila com frequência.
Ele atua desviando o excesso de energia para o fio terra. Embora seu uso tenha diminuído em função de equipamentos modernos com fontes mais robustas, eles ainda oferecem um nível extra de segurança.
4. Filtros de linha com proteção contra surtos (Protetores Eletrônicos)
Os filtros de linha são equipamentos simples, mas eficazes para proteger dispositivos eletrônicos conectados diretamente à tomada. Eles funcionam como barreiras, absorvendo picos e evitando que a tensão elevada chegue aos aparelhos.
O papel do Varistor: Muitos protetores eletrônicos contam com o Varistor em seu interior. Este componente é crucial para monitorar e impedir danos causados por um aumento repentino de tensão (pico de energia), atuando como uma “esponja” desses picos e blindando os aparelhos conectados.
Medidas preventivas contra picos de energia
Algumas medidas práticas ajudam a evitar ou reduzir os impactos dos picos de energia. Essas ações, quando feitas de forma preventiva, garantem mais segurança para os aparelhos e a instalação elétrica.
Conheça algumas recomendações!
- Realize manutenção preventiva na instalação elétrica, verificando fiações, disjuntores e aterramento periodicamente;
- Evite o uso excessivo de equipamentos em uma mesma tomada. Prefira distribuir melhor a carga elétrica para não ocorrer sobrecargas;
- Sempre que houver previsão de tempestades e descargas atmosféricas, desligar equipamentos da tomada pode evitar danos sérios;
Investir em energia solar com baterias integradas também é uma prática bastante viável. As soluções da Aldo Solar, por exemplo, oferecem estabilidade energética e proteção contra oscilações, reduzindo a dependência da rede convencional.
Qual a responsabilidade das concessionárias para picos de energia?
De acordo com as normas da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), as concessionárias são responsáveis por manter a qualidade e a continuidade do fornecimento de energia. Isso inclui prevenir picos e garantir que a tensão entregue esteja padronizada.
Quando há prejuízos comprovados causados por oscilações na rede elétrica, o consumidor tem o direito de solicitar ressarcimento. Para transformar essa informação em ação, preparamos o guia com os prazos e procedimentos legais, garantindo que você tenha o fluxo exato de como proceder após o dano:
| Etapa do processo | Prazo máximo para o consumidor | Prazo máximo da distribuidora | Ação requerida |
| 1. Solicitação de ressarcimento | 90 dias após a ocorrência do dano | Imediato (abertura do processo) | Contato por telefone, internet ou agência da distribuidora |
| 2. Vistoria (aparelhos em geral) | Não aplicável | 10 dias úteis | Verificação da relação causal entre o evento elétrico e o dano |
| 3. Vistoria (aparelhos perecíveis) | Não aplicável | 1 dia útil (para geladeiras e freezers) | Prioridade devido à natureza perecível dos bens |
| 4. Resposta e aprovação | Não aplicável | 15 dias após a vistoria | Informar o consumidor sobre a aprovação ou negação do pedido |
| 5. Efetivação do Ressarcimento | Não aplicável | 20 dias após a resposta/aprovação | Reparo, substituição do equipamento danificado ou crédito na fatura |
É válido destacar que as concessionárias também realizam investimentos constantes em modernização da rede, instalação de sistemas de proteção e monitoramento para reduzir a ocorrência de picos.
No entanto, falhas ainda acontecem, o que torna essencial a aplicação de soluções complementares por parte dos consumidores.
O que acontece quando ocorre um pico de energia?
Quando um pico de demanda de energia acontece, a tensão elétrica ultrapassa momentaneamente os níveis normais esperados pela rede. E esse aumento pode percorrer toda a instalação elétrica, afetando os aparelhos conectados no momento.
Mesmo que essa oscilação dure apenas milésimos de segundo, esse tipo de variação é suficiente para causar danos significativos — principalmente se não houver mecanismos de proteção adequados.
Um pico de energia pode causar:
- sobretensão instantânea nos aparelhos conectados;
- queima de componentes internos de eletrônicos;
- desligamento abrupto de sistemas e computadores;
- danos a circuitos e motores elétricos;
- queda de produtividade em ambientes corporativos;
- riscos à segurança em sistemas críticos.
Qual a diferença entre pico de energia e horário de pico?
Quando falamos sobre pico de energia, pode haver uma confusão com o termo “horário de pico”. Mas, embora pareçam semelhantes, eles se referem a conceitos bem diferentes dentro do contexto do fornecimento e do consumo de eletricidade.
O pico de energia, como abordado, é uma elevação súbita e momentânea na tensão elétrica da rede, geralmente provocada por descargas atmosféricas, falhas na rede ou sobrecarga elétrica.
Já o horário de pico é o período do dia em que há maior demanda de consumo de energia, normalmente entre 17h e 21h.
Durante esse tempo, o sistema elétrico é mais exigido, o que pode tornar a energia mais cara e, eventualmente, menos estável — mas não necessariamente causa um pico de tensão.
O que é tarifa de pico de energia?
Outra questão importante a ser compreendida é a tarifa de pico, também conhecida como tarifa branca ou tarifa diferenciada. Essa é uma modalidade em que o valor da energia varia conforme o horário de consumo.
Assim sendo, durante os períodos de maior demanda (horário de pico), o custo da energia é mais alto. Essa estratégia visa estimular o uso consciente e distribuir melhor o consumo ao longo do dia.
Cálculo da corrente elétrica em horários de pico
Calcular o consumo durante o horário de pico também pode ser bastante útil, pois ajuda a identificar oportunidades de economia. Para isso, basta somar a potência dos aparelhos ligados simultaneamente nesse período e dividir pela tensão da rede.
Por exemplo, se você utiliza 3 aparelhos de 1.000 W (watts) em uma rede de 220 V:
- Corrente = 3.000/220 ≈ 13,6 A.
Com base nesse número, é possível avaliar se sua instalação está adequada ou sobrecarregada e buscar soluções para distribuir melhor o consumo.
Como as baterias solares podem proteger contra picos de energia elétrica?
Entre as soluções, as baterias solares podem ser uma das mais vantajosas. Elas armazenam energia gerada durante o dia e a disponibilizam à noite ou em momentos de falha da rede.
Assim sendo, essa autonomia garante estabilidade e evita que seus aparelhos sofram com oscilações de tensão. Entre os pontos positivos, destacamos os listados a seguir.
- Estabilização da rede interna, já que as baterias mantêm o fornecimento constante mesmo quando há queda ou elevação súbita na tensão da rede pública;
- Autonomia energética em emergências, pois, durante apagões ou tempestades, a energia armazenada permite manter os principais aparelhos funcionando;
- As soluções da Aldo Solar, por exemplo, permitem controlar o fluxo de energia e definir prioridades de consumo, protegendo os equipamentos mais sensíveis.
Proteja seus investimentos contra picos de energia com a Aldo Solar
O investimento em proteção contra picos de energia é mais do que uma questão de segurança, trata-se de uma forma de preservar seu patrimônio. Contar com uma parceria ajuda a colocar essas estratégias em prática da melhor maneira possível.
A Aldo Solar é referência em soluções de energia limpa com baterias, sistemas inteligentes e suporte técnico qualificado. Além disso, oferecemos opção de financiamento de energia solar para integradores.
Com os produtos da Aldo, você garante não só economia, mas também estabilidade no fornecimento de energia dos seus clientes, protegendo os equipamentos contra oscilações e falhas da rede. Entre em contato e solicite um orçamento!

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