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Bandeiras tarifárias: saiba o que são, como funcionam e impactos

por Redação Aldo Solar
Publicado Última atualização em

As bandeiras tarifárias são um sistema criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para indicar mensalmente se haverá ou não acréscimos na conta de luz, dependendo das condições de geração de energia no Brasil. 

O objetivo é sinalizar para o consumidor, de forma transparente, os custos reais da produção de eletricidade, incentivando o uso consciente e a economia de energia.

Esse modelo funciona como um “semáforo” que informa, por meio de cores (verde, amarela e vermelha), o custo da energia no período. Quanto pior as condições de geração, mais cara a energia — e, consequentemente, mais atenção o consumidor precisa ter com o consumo.

Neste conteúdo, você entenderá como essas bandeiras funcionam, quais são seus impactos financeiros, como calcular o valor na sua fatura e de que forma é possível economizar ou até se proteger dessas variações.

Como funcionam as bandeiras tarifárias?

O sistema de bandeiras tarifárias da ANEEL funcionam como um indicador mensal que informa se o custo da geração de energia elétrica será maior ou menor, dependendo das condições de oferta no sistema. 

Elas não alteram a tarifa-base da energia, mas, sim, adicionam um valor extra ao consumo de energia em kWh quando necessário.

Assim sendo, a cor da bandeira sinaliza o seguinte:

  • verde — condições favoráveis de geração, sem cobrança adicional;
  • amarela e vermelha — acionadas quando as condições ficam mais caras, como em períodos de seca, quando o uso das usinas térmicas se intensifica para compensar a baixa produção das hidrelétricas.

Dessa forma, o consumidor é alertado com antecedência sobre possíveis aumentos, podendo ajustar o consumo e evitar surpresas no final do mês.

Quais são as cores das bandeiras tarifárias e seus valores atuais?

As bandeiras tarifárias foram criadas para tornar mais clara a relação entre o custo da geração de energia elétrica e o valor pago pelo consumidor final. 

Em vez de reajustar as tarifas constantemente, a ANEEL adotou esse sistema como uma forma de comunicar ao usuário, de maneira visual e simples, quando a energia está mais barata ou mais cara de ser produzida — e, portanto, consumida.

Esse modelo é baseado em três cores principais: verde, amarela e vermelha (com dois patamares na vermelha). Cada cor indica o nível de custo da geração de energia elétrica no país naquele mês.

Se o nível dos reservatórios das hidrelétricas estiver elevado e não for necessário acionar usinas térmicas, a bandeira é verde

Porém, se houver necessidade de fontes mais caras e poluentes, como as termelétricas, a cor muda — sinalizando aumento no custo que será repassado para a conta de luz.

A seguir, explicamos o que representa cada cor e quanto custa para o consumidor final, com base nos valores das bandeiras tarifárias mais recentes divulgados pela ANEEL em 2025.

Bandeira tarifária verde

A bandeira verde representa o cenário ideal para o consumidor. Significa que as condições de geração de energia no país estão boas:

  • volume de água satisfatório nos reservatórios das hidrelétricas;
  • boa previsão climática;
  • baixa necessidade de acionar termelétricas, que têm custos elevados e maior impacto ambiental.

Quando a bandeira está verde, não há cobrança adicional na conta de luz. 

Isso não significa que a energia é gratuita, mas que o valor pago será somente o da tarifa-base definida pela distribuidora da sua região, sem qualquer acréscimo por dificuldade de geração.

Bandeira tarifária amarela

A bandeira amarela é acionada quando as condições de geração começam a se tornar menos favoráveis

É um sinal de alerta: os reservatórios estão em níveis intermediários ou há previsão de redução das chuvas, exigindo o uso parcial de usinas térmicas ou outras fontes mais caras de energia.

Quando está em vigor, a bandeira amarela adiciona R$ 1,885 a cada 100 kWh consumido ao valor da conta, conforme os dados atualizados da ANEEL para 2025.

Portanto, a bandeira amarela serve também como um lembrete para o consumidor começar a rever hábitos de consumo e evitar desperdícios.

Bandeira tarifária vermelha

A bandeira vermelha é dividida em dois patamares e indica que a geração de energia elétrica está em um cenário crítico, com custos operacionais muito elevados. 

Isso geralmente acontece em períodos de estiagem prolongada, quando os níveis dos reservatórios estão baixos e há necessidade urgente de acionar em grande escala usinas térmicas, que além de mais caras, também são mais poluentes.

Nesses casos, o consumidor paga um valor extra mais alto por cada kWh consumido, e o impacto da bandeira tarifária na conta de luz pode ser bastante significativo.

Patamar 1

É adotado quando os custos de geração aumentam significativamente, mas ainda é possível manter o fornecimento com certo equilíbrio.

Valor adicional: R$ 4,46 a cada 100 kWh.

Patamar 2

Essa é a condição mais crítica do sistema elétrico nacional. É adotada quando há necessidade de acionar praticamente todas as fontes térmicas disponíveis, e o custo de geração atinge patamares muito altos.

Valor adicional: R$ 7,87 a cada 100 kWh.

A bandeira vermelha é um sinal de urgência. Ela mostra que é hora de adotar todas as medidas possíveis para reduzir o consumo e buscar alternativas, como a energia solar, que permite escapar dessas cobranças extras

Como é feito o cálculo de energia conforme a bandeira tarifária?

O cálculo do custo extra na conta de luz com base nas bandeiras tarifárias é o seguinte: o valor adicional por kWh (conforme a cor da bandeira) é multiplicado pelo total de kWh consumido no mês.

Esse custo adicional aparece discriminado na fatura como um item separado, geralmente chamado de “bandeira tarifária”.

Por exemplo, se o consumo foi de 200 kWh no mês e a bandeira vigente é a amarela (R$ 0,01885/kWh), o valor adicional será:

  • 200 × 0,01885 = R$ 3,77

Entenda como calcular a conta de luz conforme a bandeira tarifária

Saber calcular o impacto da bandeira tarifária de energia na conta de luz é fundamental para entender de onde vem cada cobrança e tomar decisões mais conscientes sobre o consumo. 

Embora as bandeiras não alterem a tarifa-base da energia, elas adicionam um valor extra por kWh consumido, dependendo da cor vigente no mês. 

Esse valor é somado ao final da fatura e pode representar uma diferença considerável, especialmente em períodos de bandeira vermelha.

A seguir, veja um passo a passo simples de como calcular esse acréscimo com base na bandeira vigente. Os exemplos abaixo consideram um consumo médio de 300 kWh mensais, mas você pode adaptar os cálculos conforme sua realidade.

Bandeira verde

Como a bandeira é verde, não há custo adicional por kWh. O valor total será somente o da tarifa-base multiplicada pelos kWh consumidos, ou seja, não há acréscimo relacionado à bandeira tarifária.

Bandeira amarela

Verifique o consumo do mês (ex: 300 kWh).

Multiplique o total de kWh consumidos pelo valor da bandeira amarela (R$ 0,01885/kWh).

  • 300 × 0,01885 = R$ 5,655.

Some esse valor à tarifa-base para obter o total da conta. Assim, o resultado será a tarifa-base + R$ 5,655 referentes à bandeira amarela.

Bandeira vermelha — patamar 1

Consumo do mês: 300 kWh.

Multiplique por R$ 0,0446/kWh.

  • 300 × 0,0446 = R$ 13,38.

Adicione o valor ao total da conta conforme a tarifa-base. Dessa maneira, o resultado será a tarifa-base + R$ 13,38 referentes à bandeira vermelha de patamar 1.

Bandeira vermelha — patamar 2

Consumo do mês: 300 kWh.

Multiplique por R$ 0,0787/kWh.

  • 300 × 0,0787 = R$ 23,61.

Adicione esse valor à conta final, conforme a tarifa-base da distribuidora, resultando em tarifa-base + R$ 23,61 referentes à bandeira vermelha de patamar 2.

Como saber minha bandeira tarifária?

A bandeira tarifária vigente pode ser consultada de diferentes formas. Na própria conta de luz, verifique o campo “Bandeira Tarifária” ou “Encargo de bandeira”. 

No site da ANEEL também é possível verificar o valor atualizado mensalmente.

A concessionária de energia da sua região normalmente divulga em seus sites e aplicativos. Sendo assim, consulte conforme sua localidade:

  • Cemig (MG);
  • Enel (SP, RJ, CE e GO);
  • Light (RJ);
  • CPFL (SP, PR, RS, MG);
  • Coelba (BA), entre outras.

8 dicas para reduzir o consumo de energia durante bandeiras vermelhas

Durante os períodos de bandeira vermelha, o custo da energia elétrica aumenta significativamente, impactando diretamente o orçamento doméstico e empresarial. 

Como vimos, o valor por kWh pode subir consideravelmente — especialmente no patamar 2 — e isso torna ainda mais importante adotar hábitos conscientes de consumo.

No entanto, é possível adotar pequenas mudanças no dia a dia que podem gerar grande economia ao final do mês. Além de reduzir o valor da conta, essas atitudes ajudam a aliviar a pressão sobre o sistema elétrico e contribuem para a sustentabilidade do planeta. 

Confira abaixo 8 dicas práticas e eficazes para reduzir o uso de energia em tempos de tarifa mais cara:

  1. troque lâmpadas incandescentes por LED — elas consomem até 85% menos energia e têm durabilidade muito maior;
  2. desligue aparelhos da tomada quando não estiverem em uso — equipamentos em standby continuam gastando energia, mesmo desligados;
  3. evite abrir a geladeira com frequência ou por tempo prolongado — isso força o motor a trabalhar mais e aumenta o consumo desnecessário;
  4. use o chuveiro elétrico no modo verão sempre que possível — a resistência gasta muita energia, além disso, reduza o tempo de banho e evite horários de pico;
  5. junte roupas para usar a máquina de lavar e ferro de passar de uma vez só — evite ligar esses aparelhos várias vezes ao dia para otimizar o gasto;
  6. invista em eletrodomésticos com selo Procel de eficiência energética — eles são projetados para consumir menos e render mais ao longo do tempo;
  7. desligue luzes ao sair dos ambientes e aproveite a luz natural — um simples hábito que pode fazer muita diferença na sua conta mensal;
  8. considere instalar um sistema de energia solar — com isso, você escapa dos aumentos das bandeiras e ganha autonomia energética.

Quem tem energia solar paga bandeira tarifária?

Quem tem um sistema de energia solar conectado à rede (sistema on-grid) pode, sim, ter a incidência de bandeiras tarifárias. Mas isso apenas sobre a parcela de energia consumida da distribuidora, e não sobre a energia compensada com créditos solares.

Assim sendo, quanto mais energia sua casa ou empresa gera e consome diretamente da fonte solar, menos você paga de tarifas extras.

Além disso, há uma proposta de lei (PL 918/2022) que visa isentar quem gera sua própria energia das bandeiras tarifárias. O projeto reforça o incentivo à micro e minigeração distribuída no Brasil e pode beneficiar ainda mais quem já investe em soluções sustentáveis.

Redução da conta de luz é com Aldo Solar

Se você quer ajudar seus clientes a se protegerem das variações das bandeiras tarifárias e ainda economizar significativamente na conta de luz, a dica para eles deve ser instalar um sistema de energia solar.

A Aldo oferece soluções completas para geração fotovoltaica residencial, comercial e rural — com kits solares sob medida, alta tecnologia, suporte especializado e as melhores marcas do mercado para você prestar um serviço inquestionável.

Com a energia solar, é possível reduzir até 95% da conta de luz, ganhar previsibilidade nos gastos, valorizar o imóvel, contribuir com o meio ambiente e escapar das oscilações das bandeiras tarifárias.

Faça parte dessa revolução energética! Conheça as soluções em energia solar da Aldo Solar.

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