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Energia alternativa: fontes, vantagens e desvantagens

por Redação Aldo Solar
Publicado Última atualização em

As fontes alternativas de energia (também conhecidas como renováveis) são responsáveis por realizar uma geração elétrica de baixo impacto ambiental e que é essencialmente sustentável. Elas se diferenciam significativamente das fontes tradicionais, como petróleo, carvão e gás natural, que utilizam combustíveis fósseis e são as maiores responsáveis pela emissão de dióxido de carbono (CO2) e pelo aquecimento global.

Dessa maneira, as opções alternativas promovem um desenvolvimento energético mais sustentável e desempenham um papel relevante na diversificação da matriz, o que aumenta a segurança energética dos países.

O Brasil utiliza energias alternativas há muito tempo, destacando-se no cenário global, embora ainda exista um grande potencial inexplorado. Continue a leitura para entender mais sobre as fontes alternativas, seu funcionamento, seus custos e a importância de sua expansão no contexto brasileiro.

O que são fontes alternativas de energia?

Fontes alternativas de energia são matérias-primas produtoras de energia que, diferentemente das energias convencionais, não utilizam derivados de petróleo ou outros combustíveis fósseis para a geração. Elas são opções abundantes, renováveis (embora nem toda alternativa seja renovável, como a nuclear) e que causam pouco impacto negativo ao meio ambiente, representando a principal oportunidade de mudança na matriz energética global.

Tipos de fontes de energia alternativa e como funcionam

As principais fontes de energia alternativas listadas e detalhadas pelo potencial de utilização são:

Fonte de Energia Alternativa Matéria-Prima Obtenção (Funcionamento Básico)
Energia Solar Sol Captação da luz por painéis e conversão para eletricidade.
Energia Eólica Vento Movimentação de turbinas (aerogeradores) com a força do vento.
Biomassa/Biocombustíveis Materiais orgânicos Queima, fermentação ou gaseificação de resíduos orgânicos.
Energia Geotérmica Calor interno da Terra Utiliza vapor ou água quente do subsolo para movimentar turbinas.
Energia dos Oceanos Marés e Ondas Aproveitamento do deslocamento das massas de água.
Energia Hídrica Água (rios) Movimento da água em represas para acionar turbinas.
Energia Nuclear Urânio e Tório Fissão de núcleos atômicos para gerar calor e vapor.

1. Energia Solar: a fonte mais acessível e em crescimento

A energia solar utiliza a luz do Sol, o recurso mais abundante do planeta, como fonte de energia.

Tecnologias e funcionamento

Existem duas tecnologias principais: a fotovoltaica e a energia térmica (heliotérmica). A captação fotovoltaica utiliza painéis solares que captam a luz e a convertem de corrente contínua (CC) para alternada (CA) em energia elétrica por meio do inversor solar. Também é possível utilizar a energia do sol para aquecer água de uso residencial ou industrial (energia térmica). Esse tipo de instalação é o mais utilizado em projetos comerciais e residenciais, permitindo a Geração Distribuída (GD).

Benefícios e custos de instalação (projetos)

Para calcular o custo de um projeto, é necessário um dimensionamento específico, mas os preços médios podem ser estimados:

  • Sistema pequeno (2 kWp, consumo de 250 a 350 kWh/mês): preço médio de aproximadamente R$ 7.280;
  • Sistema médio (4 kWp, consumo de 550 a 660 kWh/mês): preço médio de R$ 11.520;
  • Sistema grande (8 kWp, consumo de 1000 a 1100 kWh/mês): preço médio de R$ 19.360.

A instalação de um sistema valoriza o imóvel e permite a troca de créditos de energia com a distribuidora, resultando em economia de até 95% na conta de luz.

2. Energia Eólica: a força dos ventos e o cenário nacional

Essa energia é gerada por meio da força dos ventos, um recurso natural abundante.

Funcionamento e impacto no nordeste

Para a captação, hélices são fixadas no topo de altas torres (aerogeradores). O movimento dessas hélices, impulsionado pelo vento, é capaz de gerar uma força motriz que, com o auxílio dos aerogeradores, é convertida em energia elétrica de maneira limpa e simples, sem produzir gases poluentes.

O Brasil possui cerca de 568 parques eólicos e mais de 7000 aerogeradores, concentrados principalmente na região Nordeste. A geração eólica no Brasil tem o custo de produção mais barato do que a média global.

3. Energia da biomassa e biocombustíveis

A energia da biomassa utiliza a queima ou transformação de materiais orgânicos (resíduos agrícolas, florestais, urbanos, bagaço de cana-de-açúcar) para geração de energia.

Processos de obtenção (biogás, etanol, biodiesel)

O processo pode ocorrer de três formas principais:

  1. Combustão direta: queima de resíduos para gerar calor;
  2. Processo biológico: inclui a fermentação para produção de etanol (derivado da cana-de-açúcar), e a digestão anaeróbica para produção de biogás (gás inflamável composto por metano e dióxido de carbono);
  3. Processo termoquímico: produção de biodiesel (a partir de óleos vegetais) para substituir o diesel comum.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol e um líder em bioenergia. Além disso, a produção de biomassa pode promover práticas agrícolas sustentáveis e o reflorestamento.

4. Energia Geotérmica: o calor do interior da terra

A energia geotérmica é originada pelo calor interno da Terra (magma terrestre) e pode ser usada tanto para aquecimento quanto para geração de energia elétrica.

Mecanismo em usinas geotermais

O processo ocorre em usinas geotermais, construídas em áreas de atividade vulcânica ou onde a água quente aflora à superfície. O solo é perfurado para transportar o vapor ou a água quente em alta pressão, que é direcionado para a movimentação das turbinas, gerando, assim, eletricidade. Essa é uma maneira limpa e renovável de geração. Essas usinas podem ser de diferentes tipos, como sistemas de vapor seco, vapor flash e binários, adaptados às características específicas dos recursos disponíveis.

5. Energia dos oceanos (maremotriz e ondomotriz)

A energia dos oceanos provém da força gerada pelo deslocamento das massas de água e é considerada uma fonte de energia limpa, mas que exige alto investimento tecnológico para comercialização.

  • Energia maremotriz: geração de energia elétrica por meio da diferença de altura entre as marés de alto e baixo porte;
  • Energia ondomotriz: geração de energia pela força das ondas do mar, transportada por dispositivos flutuantes ou submersos.

6. Energia maremotriz

Essa energia é derivada do movimento das marés oceânicas, que aproveitam o fluxo de água causado pela gravidade da lua e do sol para gerar eletricidade. Para o sistema funcionar, a energia é capturada por meio de barragens, turbinas submersas ou outros dispositivos instalados em áreas costeiras.

Ela tem a grande vantagem de ser bastante previsível, uma vez que os ciclos das marés são regulares e bem compreendidos. Assim, fornece uma fonte de energia estável e confiável.

Além de sua previsibilidade, essa solução apresenta um impacto ambiental relativamente baixo, principalmente quando a comparamos com outras formas de geração de energia. As instalações maremotrizes podem coexistir com outras atividades marítimas, como a pesca e o transporte, desde que sejam projetadas e gerenciadas com esses objetivos. 

Apesar de ser vantajosa, a sua implementação tem muitos desafios relacionados aos altos custos iniciais e à necessidade de infraestruturas específicas. Por esse motivo, sua adoção em larga escala é limitada.

7. Energia hidrelétrica

A energia hidrelétrica é gerada a partir do fluxo de água, geralmente em usinas hidrelétricas. Assim, a água é direcionada para turbinas que convertem a energia mecânica em eletricidade. As barragens são as principais estruturas para que esse processo aconteça de forma eficiente, com armazenamento de grandes volumes. 

Esse é um dos tipos de energia alternativa mais utilizados no mundo, devido à abundância de recursos e suas contribuição significativa para a matriz energética de muitos países. No Brasil, por exemplo, ela representa mais de 50% da energia elétrica.

Entre os principais benefícios dessa fonte renovável estão sua alta eficiência na conversão de energia e a capacidade de fornecer eletricidade em grande escala. Dessa maneira, ela atende às demandas urbanas e industriais, além de contribuir para o armazenamento de água para irrigação e o fornecimento de água potável. 

No entanto, a construção de barragens pode ter impactos ambientais negativos, como a alteração dos ecossistemas aquáticos, a deslocação de comunidades locais e a emissão de gases de efeito estufa devido à diminuição da vegetação submersa.

8. Energia ondomotriz

Essa é outra opção renovável e limpa, pois é a energia gerada pelas ondas do mar, que aproveitam a energia cinética e o potencial das ondas para produzir eletricidade. Essa forma de energia utiliza dispositivos flutuantes ou submersos, como boias, plataformas ou sistemas de coluna de água oscilante.

Dessa maneira, é capturado o movimento das ondas para transformação em energia mecânica e elétrica. A energia ondomotriz tem um grande potencial, principalmente quando se trata de regiões costeiras com forte atividade ondulatória. 

Uma importante vantagem é que ela pode complementar outras fontes de energia renovável e diversificar a matriz energética. Além disso, é uma opção com previsibilidade e consistência, visto que as ondas são influenciadas por padrões climáticos e marítimos regulares. 

Apesar dos benefícios apresentados e da possibilidade de integração de maneira harmoniosa com o ambiente marinho, há alguns pontos negativos, como os desafios relacionados à durabilidade dos equipamentos e aos custos elevados de instalação e manutenção.

9. Energia nuclear

A energia nuclear é produzida por meio de reações de fissão no núcleo de átomos, principalmente de urânio e plutônio, que liberam grandes quantidades de energia na forma de calor. Esse calor é utilizado para gerar vapor, que por sua vez aciona turbinas conectadas a geradores elétricos e produz, assim, eletricidade.

As usinas nucleares são uma das fontes de energia de alta capacidade, com potencial para fornecer eletricidade de forma contínua e abundante. Esse é um ponto que contribui para a matriz energética de diversos países.

Uma vantagem é o fato de ser uma opção mais limpa e com menos emissões de gases de efeito estufa do que outros combustíveis fósseis. Porém, há riscos de acidentes nucleares e uma necessidade de uma gestão menos suscetível a erros, com medidas rigorosas de segurança e regulamentação.

10. Combustíveis fósseis

Os combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, têm um papel importante na matriz energética global. Eles são muito utilizados para geração de eletricidade, aquecimento, transporte e em processos industriais. No entanto, são bastante prejudiciais ao meio ambiente.

A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa, o que potencializa as mudanças climáticas e a poluição do ar. Além disso, a remoção e o uso desses combustíveis trazem impactos como a manipulação de ecossistemas, a contaminação da água e a emissão de toxinas.

Dessa maneira, a transição para fontes limpas é inevitável e precisa acontecer para que as demandas da atualidade sejam atendidas de forma sustentável. Mas, além disso, para garantir a manutenção de recursos para as futuras gerações. 

Contexto energético no Brasil e no mundo

A matriz elétrica brasileira se destaca globalmente, sendo composta majoritariamente por fontes alternativas e renováveis, o que contribui para a segurança energética nacional.

O cenário da matriz elétrica Brasileira

No Brasil, 85% da matriz elétrica é proveniente de fontes alternativas, com a água, o vento, a biomassa e o Sol sendo as mais utilizadas.

A composição da produção de energia renovável é a seguinte:

Fonte de Energia Renovável Percentual da Geração (Aprox.)
Hídrica ~55%
Eólica 14,8%
Biomassa 8,41%
Solar 24%


Geração distribuída (GD) e o potencial de mercado

A Geração Distribuída (GD) é o modelo que permite ao consumidor gerar sua própria energia e é regulado pela ANEEL. Após 2023, o limite de minigeração para a maioria das fontes é de até 5 MW, sendo um vetor de crescimento fundamental no país.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que 78,1 GWp em sistemas de GD serão instalados até 2030, com grande destaque para o setor residencial. O Brasil é um dos países mais cotados para o uso de todo o potencial de fontes alternativas, sobretudo por questões socioeconômicas, que irão contribuir para a criação de empregos e o desenvolvimento econômico.

Vantagens e desvantagens específicas

Para ser um recurso definitivo, é necessário apresentar uma análise imparcial, incluindo as vantagens e desvantagens técnicas e ambientais de cada fonte.

Principais vantagens

  • Baixo Impacto ambiental: são pouco poluentes e contribuem para a redução das emissões de CO2, o maior responsável pelo aquecimento global;
  • Recursos inesgotáveis: muitas são renováveis (eólica, solar), com capacidade de se regenerar rapidamente na natureza;
  • Segurança energética: reduzem a dependência de combustíveis fósseis e diversificam a matriz, tornando o país menos vulnerável a crises globais;
  • Criação de empregos: a indústria de energia renovável utiliza mais mão de obra do que as tecnologias baseadas em combustíveis fósseis.

Principais desvantagens

  • Custos iniciais elevados: os custos para a construção estrutural das usinas (solar e eólica) ainda podem ser altos, embora a produção de energia seja a preços competitivos;
  • Intermitência (dependência climática): fontes como a solar e eólica são altamente dependentes das condições climáticas, o que pode levar a variações na geração de energia;
  • Impactos locais específicos:
    • Eólica: a instalação de aerogeradores pode causar mudanças na paisagem e interferir no fluxo migratório de aves;
    • Biomassa: o uso de biocombustíveis pode intensificar o desflorestamento e demandar elevado consumo de água para a expansão da atividade agrícola;
    • Geotérmica: a geração de energia pode causar a emissão de dióxido de enxofre (SO2) (gás prejudicial à saúde) e, em casos raros, levar a afundamentos de terra;
    • Hídrica: a construção de barragens pode alterar ecossistemas aquáticos e causar a deslocação de comunidades ribeirinhas.

Quanta energia elétrica é produzida por fontes renováveis no Brasil?

Segundo o último Balanço Energético Nacional (BEN), em 2023, 49,1% da oferta interna de energia do Brasil vem de fontes renováveis, com a biomassa da cana e a hidráulica (hidrelétrica) como as duas principais fontes.

O futuro da energia: transição, bioenergia e inovação

As perspectivas para a adoção de energias alternativas são promissoras. A energia solar no Brasil atingiu um recorde de expansão em 2024 e bateu a marca de 50 GW de potência instalada no país. Veja alguns fatores que impulsionam o uso de fontes alternativas.

Inovações tecnológicas

  • Baterias à base de ferro: essas baterias armazenam energia renovável de maneira eficiente e sustentável;
  • inteligência artificial (IA): a implementação de IA em sistemas de gestão da energia pode otimizar o cálculo de economia e eficiência energética do local.

Políticas e incentivos governamentais

  • Política e incentivos governamentais: alguns dos incentivos fiscais para energia solar no Brasil incluem a isenção do ICMS da energia produzida por sistemas fotovoltaicos e redução da alíquota do imposto de importação sobre equipamentos de sistemas solares. 

Integração com a rede elétrica

  • Redes inteligentes: essa nova tecnologia permite uma comunicação mais eficiente entre consumidores e os operadores de rede. Assim, otimizam a distribuição de energia;
  • tecnologias de previsão avançada: prever variações da produção energética de fontes renováveis, como a solar e a eólica, é essencial para reduzir os impactos da intermitência dos recursos naturais.

 

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