O grid zero, também conhecido como GD zero, é um sistema de geração de energia solar que opera conectado à rede elétrica, mas sem injetar excedente de energia nela.
Diferentemente do sistema on-grid tradicional, que envia o excedente para a rede e gera créditos, o grid zero limita sua geração ao consumo instantâneo da unidade consumidora. Ou seja, a energia gerada é usada no momento em que é produzida, sem exportação para a distribuidora.
Essa característica faz com que o sistema seja bastante atrativo em locais onde a compensação de créditos não é vantajosa ou onde há restrições regulatórias para o uso da rede pública como banco de energia.
Continue a leitura para entender como funciona essa alternativa, suas vantagens e mais informações importantes.
Como o grid zero funciona?
O sistema grid zero se diferencia por seu funcionamento estratégico. Isso porque ele gera energia solar para consumo imediato, sem que haja injeção de excedente na rede elétrica.
Essa operação exige o uso de inversores com controle de exportação, que monitoram em tempo real quanto está sendo consumido e ajustam a geração para que ela nunca ultrapasse essa demanda.
Assim, o sistema permanece conectado à rede da concessionária, mas evita qualquer envio de energia para ela. Confira, a seguir, os princípios básicos de funcionamento do grid zero.
- Geração de energia solar: os painéis fotovoltaicos captam a luz solar e a transformam em energia elétrica. Essa produção acontece principalmente durante o dia, com maior pico ao meio-dia.
- Conversão por inversor: a energia gerada é em corrente contínua (CC) e precisa ser convertida em corrente alternada (CA), compatível com os equipamentos. Isso é feito por um inversor solar equipado com controle de exportação.
- Sincronismo com a rede elétrica: apesar de não injetar energia, o sistema grid zero continua operando em paralelo com a rede, utilizando-a como apoio quando a geração não é suficiente.
- Controle de exportação: o inversor limita a geração à demanda instantânea. Dessa forma, quando a produção solar é maior que o consumo, o sistema reduz automaticamente a geração para evitar qualquer envio à rede pública.
- Consumo em tempo real: a energia gerada é usada imediatamente pelos equipamentos do imóvel, evitando a necessidade de baterias ou de compensação de créditos com a distribuidora.
Qual a diferença entre on-grid, off-grid e grid zero?
Quando se trata sobre os diferentes modelos de geração distribuída, é bastante comum que surjam dúvidas. Mas é importante saber que cada opção tem características para atender a perfis distintos de consumidores.
Sistema on-grid
Esse é o modelo mais comum no Brasil. Ele gera energia solar e envia o excedente para a rede elétrica, gerando créditos que podem ser usados posteriormente.
Algo importante a saber é que ele necessita de homologação e conexão com a distribuidora. Além disso, em caso de queda da rede, o sistema se desliga automaticamente por segurança.
Sistema off-grid
Esse modelo funciona de forma totalmente independente da rede elétrica. Assim sendo, ele armazena a energia gerada em baterias para uso posterior.
É ideal para locais remotos ou sem acesso à rede. Mas tem um custo mais elevado devido às baterias e sistemas de gerenciamento.
Sistema grid zero (GD zero)
Outra alternativa é o sistema grid zero, que opera conectado à rede, mas sem exportar energia.
Ele usa controle de exportação e atende ao consumo instantâneo do local. É ideal para locais com regras rígidas de compensação.
Quais os benefícios do sistema grid zero?
O sistema grid zero apresenta diversas vantagens, sendo, assim, uma solução estratégica para consumidores que desejam gerar sua própria energia sem depender da compensação de créditos ou sem enfrentar barreiras regulatórias.
Essa é a alternativa que alia a praticidade de estar conectado à rede elétrica com o controle absoluto sobre a exportação de energia, ideal para locais com regras restritivas ou onde não há viabilidade para injetar energia na rede.
Confira alguns dos principais benefícios do sistema grid zero.
- Evita injeção na rede: com o controle de exportação, o sistema impede que o excedente de energia seja enviado para a distribuidora, o que evita a necessidade de lidar com regras de compensação.
- Elimina a dependência de baterias: diferentemente do sistema solar off-grid, o grid zero pode utilizar a rede como suporte em momentos de baixa geração, o que reduz significativamente os custos com armazenamento.
- Mais viável em áreas com restrições regulatórias: em regiões onde as distribuidoras limitam ou dificultam a injeção de energia, o sistema GD zero surge como alternativa eficiente e legalmente aceita.
- Redução da conta de luz: mesmo sem gerar créditos, a geração instantânea reduz o consumo da rede pública, proporcionando economia direta na fatura mensal.
- Instalação simplificada: com equipamentos adequados, como os oferecidos pela Aldo Solar, o sistema é fácil de configurar e ajustar às necessidades do imóvel ou negócio.
Aplicações do sistema grid zero
O sistema GD zero é ideal para locais onde a concessionária impõe barreiras para a injeção de energia na rede. Um exemplo comum são condomínios ou regiões com redes saturadas, onde não é permitido alimentar a rede com excedentes.
Essa alternativa também é muito aplicada em empresas com alto consumo durante o dia, como indústrias e comércios, que conseguem usar toda a energia gerada sem depender da compensação de créditos.
Residências em regiões com legislação desfavorável à GD tradicional também se beneficiam com as aplicações do grid zero.
O que é a homologação de sistemas fotovoltaicos?
É um procedimento padrão no qual a distribuidora de energia fiscaliza o sistema solar instalado nos imóveis de usuários. Portanto, o objetivo é verificar se ele está dentro das especificações necessárias.
A homologação garante que o sistema segue as normas técnicas de segurança, desempenho e operação exigidas pela ANEEL.
Esse processo inclui análise de documentação, vistoria técnica e, se aprovado, a emissão do parecer de acesso e autorização de funcionamento.
Precisa homologar sistema zero grid?
Sim, pois, apesar de o sistema grid zero não injetar energia na rede, ele opera conectado a ela. Por isso, a homologação é obrigatória. A instalação precisa atender às exigências técnicas de proteção e segurança, como o anti-ilhamento e o sincronismo com a rede.
Sem a homologação, o sistema pode ser considerado irregular pela concessionária e gerar penalidades. Portanto, seguir o processo corretamente garante segurança jurídica e técnica para o consumidor.
Posicionamento da ANEEL sobre grid zero
A ANEEL se manifestou sobre o tema no Ofício n.º 0149/2022. Nele, a agência reconhece a possibilidade de uso de sistemas com controle de exportação, desde que mantenham o sincronismo com a rede e sigam as normas técnicas.
O documento orienta as concessionárias a aceitarem o sistema GD zero mediante comprovação de que não há injeção de energia na rede. Isso reforça a necessidade da homologação mesmo sem compensação de créditos.
O que acontece se não homologar energia solar?
A instalação sem homologação pode ser considerada clandestina. Dessa maneira, a distribuidora pode aplicar multas, desligar o fornecimento de energia e exigir a remoção do sistema.
Além disso, sem homologação, o consumidor perde o direito de solicitar suporte técnico, atualização de equipamentos e regularização futura.
O sistema off-grid é proibido no Brasil?
Não. O sistema off-grid é permitido no Brasil, mas não está sujeito à regulação da ANEEL, pois não se conecta à rede elétrica. Por isso, não precisa de homologação nem segue as normas de compensação de energia.
Ele é indicado para locais isolados ou onde o acesso à rede é inviável. Porém, o custo elevado com baterias e manutenção deve ser considerado antes da instalação.
Quanto custa um sistema off-grid no Brasil?
O custo de um sistema off-grid varia conforme o porte e os componentes. Mas, em média, para uma residência de pequeno porte, o investimento inicial está em torno de R$ 15.000 a R$ 40.000. Já para sistemas maiores, com autonomia prolongada, os valores podem ultrapassar R$ 100.000.
A Aldo Solar oferece soluções completas para projetos off-grid, com kits que incluem painéis, inversores fotovoltaicos, controladores e baterias de alta durabilidade, além de suporte técnico especializado.
Como é o processo de homologação do sistema grid zero?
Para a homologação, o processo é semelhante ao do sistema on-grid. O primeiro passo é solicitar o parecer de acesso junto à distribuidora. Em seguida, é necessário apresentar o projeto técnico e os documentos exigidos, como ART, planta elétrica e especificações dos equipamentos.
Após a análise e aprovação, a concessionária agenda a vistoria e, estando tudo certo, autoriza o funcionamento. A potência instalada deve considerar o controle de exportação para garantir a operação limitada ao consumo.
Declaração de potência instalada em sistemas grid zero
Segundo a Resolução Normativa n.º 676 da ANEEL, a potência instalada é a potência máxima que o sistema pode gerar. Em sistemas com controle de exportação, é possível limitar essa potência conforme o consumo efetivo da unidade.
O inversor grid zero deve ser devidamente especificado no projeto. Isso garante que o sistema se enquadre como GD zero e que a concessionária aprove sua instalação dentro das normas vigentes.
Como instalar um sistema grid zero?
A instalação de um sistema grid zero exige planejamento técnico e escolha adequada de equipamentos que garantam o controle de exportação e a operação segura em paralelo com a rede elétrica. Confira o passo a passo para instalar um sistema grid zero.
1. Análise de consumo
Estude o perfil de consumo do imóvel, identificando horários de maior demanda e consumo médio diário. Essa prática ajuda a dimensionar corretamente o sistema para que a geração solar acompanhe o uso em tempo real.
2. Escolha dos equipamentos
Opte por inversores com função de controle de exportação, painéis solares de qualidade e demais componentes compatíveis. A Aldo Solar disponibiliza kits prontos com produtos certificados para essa aplicação.
3. Elaboração do projeto técnico
Um engenheiro eletricista deve elaborar o projeto seguindo as normas da distribuidora e incluir os mecanismos de controle de exportação e proteção anti-ilhamento.
4. Solicitação de parecer de acesso
Com o projeto em mãos, é necessário solicitar o parecer de acesso junto à concessionária, que avaliará a viabilidade e condições de conexão.
5. Instalação e vistoria
Após a aprovação do parecer, a instalação é realizada por equipe técnica habilitada. Em seguida, a distribuidora faz a vistoria para verificar a conformidade do sistema antes de autorizar o funcionamento.
Vale a pena homologar um sistema grid zero?
Vale a pena, sim, uma vez que, mesmo sem injeção na rede, a homologação garante segurança e regularização junto à concessionária.
Outro ponto a ser considerado é que essa homologação permite o uso legal de tecnologias modernas e eficientes, como os inversores com controle de exportação. É uma solução moderna, eficiente e ideal para muitas situações urbanas e industriais.
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