O relatório Soiling Losses – Impact on the Performance of Photovoltaic Power Plants 2022 apontou que a neve e a poeira podem provocar sujeira no módulo fotovoltaico causando perda de rendimento energético. A publicação foi feita pela IEA-PVPS (Programa de Sistemas de Energia Fotovoltaica da Agência Internacional de Energia). Após a irradiância, portanto, a sujeira no módulo é o fator que mais influencia no rendimento dos geradores de energia solar.
Dessa forma, as pesquisas realizadas pela IEA (International Energy Agency) indicaram que, em 2018, a sujeira no módulo foi capaz de causar uma perda anual de geração de energia fotovoltaica global entre 3 e 4%. Isso corresponde a uma queda na economia em torno de 3 a 5 bilhões de euros. E, para este ano, há uma expectativa de que tal queda suba para cerca de 4 a 5%, além de 4 a 7 bilhões de euros em 2023. Isso é quase R$ 40 bilhões, na atual cotação.
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O relatório apontou que isso está relacionado a algumas condições. Uma delas é o avanço das instalações fotovoltaicas em locais muito predispostos à formação de sujeira e pressões econômicas. Além disso, módulos mais eficientes acabam sofrendo perdas mais significativas em sua produção por causa da sujeira.
Nas regiões mais áridas, a sujeira no módulo pode afetar plantas fotovoltaicas de porte grande de maneira mais relevante. Dessa forma, é preciso minimizar os efeitos provocados pela sujeira por meio de limpeza em todo o sistema. Com isso, receitas são reduzidas em razão das despesas operacionais que ficam maiores ou de capital. Isso porque se torna necessário investir em revestimentos anti-sujidade ou em robôs de limpeza e sua manutenção.
Sujeira no módulo – diferentes regiões com o mesmo problema
De acordo com a pesquisa apontada, a sujeira no módulo afeta desempenho dos sistemas fotovoltaicos em diferentes partes do mundo, por diversos motivos. Isso ocorre na África e na Ásia com as altas densidades de partículas suspensas no ar. E acontece, também, em regiões de alta latitude em razão da cobertura de neve, conforme as instalações aumentam nesses locais.
Tanto no módulo quanto na planta, a sujeira nos equipamentos fotovoltaicos é bastante heterogênea. Por isso, é necessário redes multissensores a fim de avaliar de forma precisa as taxas de sujidade, além dos cronogramas de decisão de limpeza. De acordo com os cientistas, as abordagens de modelagem ainda precisam de aprimoramento, portanto, requerem mais dados para a devida validação.
Quanto aos prazos para decisão de limpeza, deve haver uma monitorização sólida no local, em vez de optar por horários de manutenção e operação predefinidos. Isso é importante principalmente para grandes instalações. O objetivo é reduzir os custos das operações de limpeza.
O relatório apontou, ainda, que especialmente para grandes centrais elétricas localizadas em regiões áridas, a tendência é claramente voltada para limpeza semi-robótica ou robotizada. São regiões que apresentam taxas de sujidade bastante elevadas.
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Abordagens para sujeira no módulo em cobertura de neve
Segundo a IEA-PVPS, à medida que a tecnologia avança, os custos mais baixos dos componentes tornam os sistemas fotovoltaicos cada vez mais atrativos. E isso ocorre apesar do stress do inverno sobre as usinas, causado pelas baixas temperaturas e pela cobertura da neve.
Mas, para amenizar as perdas da produção neste cenário, é interessante levar para as instalações solares de alta latitude módulos sem moldura. Além disso, é importante usar ângulos de inclinação mais acentuados, módulos bifaciais e revestimentos de neve. É preciso, ainda, atentar para as alturas da matriz para minimizar o acúmulo de neve nas extremidades inferiores dos painéis.
Problemas de sujeira no módulo tende a ser sempre uma questão global
Ao concluir sua análise, o relatório esclareceu que a sujeira no módulo fotovoltaico deve continuar a ser uma questão global. E isso deve se acentuar em razão das alterações climáticas e da elevação da temperatura global, bem como das secas subsequentes.
Muitos outros avanços relativos à modelização, mitigação da sujidade e da adaptação são especialmente importantes para colaborar com os operadores fotovoltaicos. Dessa forma, sua produção de energia e seus ganhos econômicos poderão ser maximizados, apesar dos desafios impostos pela sujeira.
A importância da manutenção de sistema de energia solar
Assim como qualquer outro equipamento, os módulos fotovoltaicos os inversores, as baterias e o cabeamento precisam de cuidados periódicos para manter o bom funcionamento. No caso dos sistemas solares, isso é ainda mais importante, já que a principal parte (os painéis) fica exposta às intempéries.
Dessa forma, além de monitorar possíveis danos nos componentes elétricos do sistema, oferecer um serviço de manutenção dos painéis é essencial para que eles funcionem corretamente. De forma simples, a manutenção das placas solares consiste na lavagem com água e sabão, ao menos uma vez ao ano. Entretanto, muitos consumidores acabam deixando esse serviço a cargo da própria chuva, o que pode complicar a situação, uma vez que as sujeiras mais consistentes não sairão.
Além da lavagem, é interessante estar sempre de olho na condição física do equipamento, principalmente após períodos de chuvas e tempestades. Apesar de muito resistentes a danos e impactos, chuvas de granizo, por exemplo, podem danificar a integridade do vidro que cobre os painéis, comprometendo todo o sistema.
Por isso, oferecer para seus clientes o serviço de manutenção periódica e preventiva não é só garantir a qualidade do produto que você comercializa, mas principalmente colocar à disposição do seu público um atendimento de qualidade com suporte de excelência, fidelizando ainda mais os consumidores.
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