As fontes de energia renováveis estão alcançando cada dia mais seu protagonismo na matriz energética brasileira. Já em 2023, o Brasil deve aumentar sua capacidade de energia solar em 42,4%. São 10 GW em 2023 diante da potência solar prevista para o fechamento de 2022, o que alcançará mais de 34 GW. Essas são, portanto, as estimativas divulgadas pela ABSOLAR na semana passada.
O Brasil deve aumentar sua capacidade e a entidade prevê que dos 34 GW de energia produzida, 21,6 GW serão gerados por pequenos e médios sistemas fotovoltaicos. São geradores fotovoltaicos instalados nas casas, nos pequenos negócios, nos prédios públicos e nas propriedades rurais. São as instalações já conhecidas como geração distribuída, que devem totalizar 23,87 GW no final de 2022.
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Brasil deve aumentar sua capacidade fotovoltaica
O Brasil deve aumentar sua capacidade fotovoltaica, conforme exposto acima, porém, o restante da potência, ou seja, 12,4 GW, ficará concentrado nas grandes usinas solares. Trata-se da geração centralizada, que deverá encerrar 2022 com 7,77 GW de potência.
Em 2023, a ABSOLAR projetou, ainda, que a fonte renovável tenderá a gerar mais de 300 mil novos empregos. Já, os novos investimentos no setor solar poderão superar o montante de 50 bilhões de reais.
De acordo com a ABSOLAR, tais projeções foram realizadas levando em conta um cenário conservador. Considerou, portanto, fatores macroeconômicos, efeitos de políticas energéticas, mudanças de governos federal e estaduais e possíveis consequências da atualização do setor elétrico, além de outras questões.
Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da ABSOLAR, foi projetado um crescimento consistente em 2023. Assim, o Brasil deve aumentar sua capacidade de geração de energia solar motivado pelos aumentos na conta de luz, além dos benefícios proporcionados a todos os consumidores brasileiros.
Fontes renováveis em expansão – Brasil deve aumentar sua capacidade fotovoltaica
As fontes renováveis, como a solar e eólica estão em expansão e prometem responder por mais da metade da carga de energia esperada para a operação do sistema elétrico brasileiro no próximo ano.
E, com o aumento dessas matrizes, há uma expectativa de mais segurança e que os riscos de apagões e racionamentos se distanciem do nosso cenário. Além disso, essas fontes limpas tendem a contribuir com a redução do custo da energia, somando-se os projetos ESG que beneficiam os negócios do setor.
A ANEEL fez uma projeção que demonstra o ritmo de expansão das usinas eólicas no Brasil. Segundo a entidade, esse ritmo deve aumentar do atual patamar de 20,5 GW para 26,4 GW de capacidade instalada, em 2022. Por isso, pelo menos US$ 35,8 bilhões já foram investidos com o intuito de melhorar a capacidade da matriz no país, na última década.
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Geração distribuída e a Aliança Solar Internacional
No dia 6 de outubro deste ano, o Senado aprovou o projeto de decreto legislativo de número 271/2021, que autoriza a adesão do Brasil à Aliança Solar Internacional ou International Solar Alliance. É uma coalizão intergovernamental responsável pela reunião de nações que detêm os melhores recursos solares do mundo.
O texto ainda está aguardando a divulgação. Por isso, essa iniciativa é fundamental para que o Brasil se posicione internacionalmente, uma vez que o nosso território apresenta uma das melhores condições para o desenvolvimento da energia solar.
A inclusão do Brasil na ASI significa mais benefícios para o Brasil, por meio de políticas de incentivo, regulamentação, financiamento, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
Energia solar fotovoltaica flutuante: adequação a áreas com restrição de terra
Você já ouviu falar em energia “flotovoltaica”? Trata-se da energia solar fotovoltaica flutuante, que promete chegar a 4,8 GW até 2026, segundo a Global Industry Analysts (GIA). As instalações de energia solar fotovoltaica flutuante têm a vantagem de eliminar os custos extras de arrendamento ou compras de terras enquanto liberam espaço para outras atividades.
Além disso, de acordo com o Global Industry Analysts, geralmente, os corpos d’água são propriedade pública, o que facilita a aquisição de licenças. Assim, uma usina flutuante de 1 MW, normalmente, cobre de 17 a 25 acres de água e tem capacidade para gerar 1.500 MWh de energia elétrica.
Os projetos de usinas flutuantes não chegam a atingir o mesmo grau de potência que as instalações feitas no solo. No entanto, eles são indicados para locais com restrições de terra.
Assim, esses sistemas de solar fotovoltaica flutuante podem conceder benefícios ambientais. Entre eles, o de gerenciar o crescimento de algas e reduzir a evaporação. Em contrapartida, a água oferece benefícios ao sistema, resfriando os painéis, podendo reduzir a degradação e reduzir os custos de manutenção, de acordo com o relatório.
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