A partir de 2024 um novo aumento na conta de luz deve chegar a um valor médio maior que a inflação, ou seja, em torno de 6,58% no país todo. E, deverá atingir 10,41%. Essas são previsões feitas pela Abrace – Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia.
Assim, estamos diante da expectativa de um aumento na conta de luz que, se efetivado, segundo projeções do Banco Central, ficará acima da inflação esperada para este ano, que chegará a 4,53%. Além disso, ultrapassará a inflação prevista para 2024, ou seja, de 3,91%.
Dentro desse cenário, a tendência é de que no sul do país, esse aumento na conta de luz cause mais impacto. Assim, os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná sofrerão um reajuste maior. Essa notícia aponta um aumento na conta de luz, para o Sul em torno de 9,2% em 2024.
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É uma elevação que também supera as altas médias esperadas para as regiões Centro-Oeste, com 7,8%, Sudeste, com 7,5% e Norte/Nordeste, com 3,4%. Tais índices foram considerados acima da inflação, ou seja, entre 3,9% e 6,7%, com uma inflação anual em torno de 4%.
Aumento na conta de luz – Goiás, Alagoas e Minas Gerais
Cálculos realizados levaram em conta os custos suportados pelas distribuidoras com encargos. Assim, as altas mais expressivas nas tarifas de energia tendem a impactar a população que se encontra na área de concessão das distribuidoras Equatorial Goiás e Alagoas. Além delas, a Cemig – Companhia de Energia de Minas Gerais.
Em Goiás, o aumento na conta de luz pode passar de 20% no próximo ano. Enquanto isso, em Alagoas e Minas Gerais, os reajustes tendem a ultrapassar, respectivamente, 10% e 15%.
A OCDE é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. De acordo com a Abrace, hoje, se compararmos com outros 33 países da OCDE, os consumidores brasileiros pagam as tarifas de energia mais caras, que pesam muito no orçamento.
Isso significa que o impacto dos custos da energia é muito maior para os brasileiros que para consumidores de outros países. São nações como a Espanha, o Canadá e os Estados Unidos. Isso, quando consideramos o PIB per capita. No Brasil, geralmente, esse custo com energia é equivalente a um quarto dos gastos totais por mês.
Mas, além do Brasil, mais nove países complementam a lista dos que mais gastam com energia elétrica. São eles: República Tcheca, Espanha, Grécia, Itália, Costa Rica, Chile, Eslováquia, Letônia e Portugal.
Motivos para o aumento na conta de luz
O primeiro motivo para o aumento na conta de luz são os encargos esperados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Esses encargos são estimados em mais de R$ 2 bilhões.
Em segundo lugar, vêm os encargos de energia de reserva, dos quais a expectativa é de uma alta significativa para o próximo ano. As termelétricas contratadas em situação de emergência no ápice da crise hídrica custavam muito caro. E, devem operar até 2025. Seu custo era de aproximadamente R$ 40 bilhões, um valor astronômico. No entanto, boa parte dessas usinas atrasaram e outras sequer operaram. Outra parte enfrentou problemas na Justiça. Tais usinas serão pagas e, em 2024, terão um custo muito elevado, fazendo parte integral na conta de energia.
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Finalmente, mais um fator que pesa no aumento da conta de luz, são os créditos de PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Esse fator é especialmente relevante na região Sul. Trata-se de um crédito que está sendo usado a cada ano em determinadas concessionárias. Ele já acabou em algumas e, em outras, já reduziu o ritmo de uso.
Segundo o executivo, para 2024, em algumas distribuidoras do sul, já existe uma redução considerável também no uso desses créditos para 2024. Apenas em relação à Copel, por exemplo, já foi usado mais de R$ 1 bilhão em créditos para abatimento da tarifa em 2023. Esse tipo de situação acabará gerando muito impacto no próximo ano.
Energia solar é a solução para fugir do aumento da conta de luz
Diante desse cenário, já temos uma boa noção sobre o potencial elevado de desenvolvimento e avanço do uso de energia solar no país. Existe influência de políticas de incentivo, como linhas de financiamento, leilões de energia e o aumento da conscientização sobre seus benefícios ambientais.
Com a expectativa em torno da transição energética, podemos esperar um significativo aumento da capacidade instalada da fonte solar já no próximo ano. Será um momento que promete consideráveis avanços em tecnologias de armazenamento. Assim, as baterias mais econômicas e eficientes permitirão uma integração melhor da energia solar na matriz energética brasileira.
Para 2024, podemos, também, contar com a introdução de novos designs para painéis solares com a finalidade de melhorar a eficiência e diminuir os custos de produção nesse segmento. Paralelamente, outro ponto fundamental para impulsionar o desenvolvimento da fonte solar no Brasil será a integração de sistemas inteligentes de gestão.
Eles proporcionarão melhor controle e otimização da geração solar em conjunto com a ampliação de usinas solares flutuantes. Com isso, será possível triplicar a capacidade instalada, atingindo 150 MWp até o final de 2024.
Daí por diante, só podemos esperar mais e mais inovações que facilitem a adesão de toda a população à fonte solar. Isso é inevitável por todos os motivos possíveis, desde o frequente aumento na conta de luz até a preocupação sincera com a sustentabilidade e o futuro do planeta.
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Você sabia que o mercado oferece linhas de financiamento específicas para a adesão às energias renováveis? Alguns exemplos de instituições são o Santander e a Sol Agora, que oferece financiamento inteligente e totalmente digital.
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