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Mundo precisa acelerar o avanço da energia solar para atingir metas

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

A fonte renovável solar deve se tornar a número 1 em diversos países nos próximos 30 anos, inclusive no Brasil. Mas, para isso, é preciso acelerar o ritmo atual dos projetos. Afinal, eles estão deixando muito a desejar, avalia Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) em artigo publicado no UOL. Sauaia vê na 26ª Conferência do Clima (COP-26) – que acontece em Glasgow – Escócia, a oportunidade de divulgar os avanços que estão sendo feitos no Brasil. Sauaia afirma, ainda, que o mundo precisa acelerar o avanço da energia solar para atingir metas.

Avanço da energia solar para atingir metas: casos de sucesso na COP-26

Sauaia apresenta na conferência casos de sucesso, como os leilões de energia do governo, que garantiram o crescimento desta fonte em 1.500% desde 2012. E, este ano, atingiu 11 mil megawatts (MW) de potência instalada, ou seja, a mesma capacidade da usina de Belo Monte, no Pará.

“Mesmo com esse crescimento todo, ainda temos muito que avançar, porque hoje a energia solar é apenas 2% da matriz energética. E este porcentual ainda é pequeno diante do potencial que pode chegar a 32% em 2050 e ultrapassar as hidrelétricas, segundo estudos e consultorias internacionais”, informou Sauaia.

Potencial brasileiro em evidência: energia solar para atingir metas

O executivo da ABSOLAR já participou virtualmente de dois eventos da COP-26 e na nesta semana apresentará o caso da energia solar no Brasil no Pavilhão brasileiro.

Dessa forma, mostrará que o mundo precisa acelerar o avanço da energia solar para atingir metas. Além disso, reforçará que em menos de 10 anos o país passou de 7 megawatts (MW) de potência instalada da fonte para 11 mil MW. Além da ABSOLAR, Sauaia é vice-presidente do Global Solar Council, uma entidade internacional fundada em 2015, na COP-21, que reúne 40 países.

Global Solar: energia solar para atingir metas

“A Global Solar é uma iniciativa privada de apoio ao desenvolvimento e aos compromissos assumidos pelos países para redução de gases efeito estufa. Assim, a entidade reconhece que a energia solar fotovoltaica é uma grande ferramenta a favor da redução de emissões no mundo como um todo”, explicou Sauaia. Vale lembrar, entretanto, que o setor de energia ainda é o principal emissor de gases efeito estufa no mundo. Então, um primeiro acordo foi assinado na COP-26 entre representantes globais da energia solar e eólica. O objetivo, portanto, foi justamente acelerar a instalação dessas fontes, que hoje já são as mais baratas em grande parte do mundo.

> Leia mais: Energia solar para reverter as mudanças climáticas que afetam o planeta

Primeiro acordo assinado entre representantes globais

Um primeiro acordo foi assinado na COP-26 entre representantes globais da energia solar e eólica, com objetivo justamente de acelerar a instalação dessas fontes. Sendo assim, segundo Sauaia, a fonte solar já é mais barata em países que representam dois terços da população mundial. Além de custar menos, destacou, a fonte tem sustentabilidade, já que é uma tecnologia reciclável, com reaproveitamento dos equipamentos no final da vida útil.

“É uma oportunidade enorme de vários países virarem esse jogo. Diversos países estão com metas e compromissos audaciosos (na COP-26), colocando a energia solar como uma grande ferramenta para atingir o objetivo”, afirmou.

Compromissos apresentados pelos EUA

Sauaia cita o caso dos Estados Unidos, segunda maior economia do mundo e segundo maior emissor do planeta, que apresentou dois compromissos estratégicos. O primeiro é de que a matriz elétrica inteira vai se tornar limpa até 2035, meta governamental. E a segunda meta é de que a energia solar vai passar de 4% para 45% do suprimento de energia até 2050. “Então, é uma gigantesca revolução solar que os Estados Unidos promoverão neste horizonte”, ressaltou.

E, para ter sucesso, os Estados Unidos alocaram, há cerca de dez anos, recursos específicos para pesquisa e desenvolvimento. O objetivo era reduzir o custo da energia solar, o chamado Sunshot, uma referência ao programa Moonshot, que levou o homem à Lua. Então, segundo Sauaia, o Brasil deveria fazer algo parecido, para incentivar ainda mais a energia solar no país.

Brasil precisa acelerar o avanço da energia solar para atingir metas

“O Brasil poderia estar indo muito melhor. Estamos atrasados nas duas pontas, nas usinas de grande porte e na geração distribuída. Países muito menores que o Brasil, em termos de população, como é o caso da Austrália, já estão atingindo 3 milhões de sistemas solares nos telhados. E o Brasil não chegou nem ao primeiro milhão (de sistemas solares)”, informou.

Mais de meia Itaipu em telhados

Hoje, o Brasil tem 800 mil consumidores atendidos e cerca de 750 mil sistemas solares em operação. O maior crescimento foi conduzido pela geração distribuída. E precisamos continuar com o avanço da energia solar para atingir metas.

“A gente já tem mais de meia Itaipu (hidrelétrica) em telhados solares, o que demandou zero do governo em investimentos. Hoje são as pessoas, o CPF investindo em energia solar. Assim, três em cada quatro sistemas de geração solar no Brasil estão nas casas, 42% de todo investimento feito foi pelo CPF”, disse o executivo. Sauaia destaca, também, a importância dos leilões de energia, mas que por questões conjunturais, têm contratado cada vez menos energia.

Energia solar mais barata do mundo

O Brasil é um dos países com energia solar mais barata do mundo. Desde o primeiro leilão, em 2014, o preço da solar fotovoltaica caiu 70%. Foi, então, uma queda de US$ 100 o megawatt-hora (MWh) para entre US$ 20 e US$ 30 o MWh no último leilão de 2019.

“Nós temos esse recurso abundante (irradiação solar). Nós temos totais condições, mas precisa ser estruturado um plano claro de governo, como os EUA lançou, como a China lançou, como a Índia lançou. A gente precisa incorporar essa tecnologia como eixo estratégico do nosso desenvolvimento sustentável. E isso tanto na geração de grandes usinas, como para sociedade poder investir ela própria nessa tecnologia”, avaliou.

Outras fontes renováveis serão necessárias

Sauaia observou, no entanto, que a energia solar não é uma “bala de prata”. Assim, o mundo vai precisar de outras energias, como eólica, maior uso de biomassa e biogás, e das próprias hidrelétricas. Isso será preciso para alcançar as metas do Acordo de Paris e tentar manter o aquecimento global em 1,5 graus. A eletromobilidade, na avaliação do executivo, será fator fundamental para a descarbonização da economia, assim como o fim ou redução dos incentivos governamentais à energia fóssil.

Veículos elétricos reduzirão as emissões

“Os veículos elétricos vão ajudar a reduzir muito as emissões, porque dentro do mundo da energia, os transportes são parte forte da emissão, inclusive no Brasil. Assim, hoje o setor de transporte emite mais do que a geração de energia elétrica, por conta da nossa base de energia renovável. Portanto, essa virada para a eletromobilidade e para os combustíveis verdes como, etanol, biodiesel, de baixa emissão, também vão ter papel estratégico”, destacou.

> Saiba mais: 14 mil veículos eletrificados foram emplacados no primeiro semestre

Finalização da adesão à Aliança Solar Internacional

A expectativa de Sauaia é de que o Brasil finalize em breve a adesão da Aliança Solar Internacional, da qual é signatário desde 2016. Isso abrirá as portas para financiamentos internacionais para o setor, programas de capacitação de pessoas, de pesquisa e desenvolvimento, entre outras vantagens. O processo ainda depende do Congresso Nacional, mas já foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia. Assim, a entidade quer mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação de energia solar até 2030.

“É importante o Brasil finalizar esse processo de adesão, que não tem custo nenhum, para que a gente tenha protagonismo nessa entidade governamental multilateral. É bom lembrar, portanto, que já aderimos à Agência Internacional de Energia (AIE) e à IRENA (Associação Internacional de Energia Renováveis).

A força que vem do sol

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> Leia também: Como se tornar uma revenda Aldo Solar!

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