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O Brasil poderá contar com energia solar e gratuita em 2050

por Alessandra Neris
Publicado Última atualização em

Já podemos imaginar um país com mobilidade e iluminação residencial livre de combustíveis fósseis? Pois, segundo Paulo Puterman, investidor e PhD, o Brasil pode construir uma infraestrutura com essa capacidade. E assim, já contaríamos com energia solar e gratuita em 2050. Mas, qual seria o custo para implementar uma estrutura com geração de energia solar gratuita para garantir mobilidade elétrica ao país todo?

Energia solar e gratuita em 2050

De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), essa tarefa poderia ser cumprida com 1,5 bilhão de MWhs ao ano. E, para gerarmos essa quantidade de energia, seria preciso investir 2 trilhões de reais para instalar 500.000 MWP.

Ao dividir esse valor por 5 anos, o custo para destinar a geração de energia à mobilidade no Brasil, gratuitamente, seria de R$ 400 bilhões por ano. E, isso seria garantido pelos 20 anos seguintes.

E a energia de aplicações estacionárias?

Para essas aplicações a quantidade de energia necessária também ficaria na ordem de 1,5 bilhão de MWhs por ano. No entanto, as aplicações estacionárias de energia não dispõem de armazenamento imediato, diferentemente do que ocorre com as baterias embarcadas nos veículos. Assim, implantar um conjunto de baterias em edifícios e residências é inviável, tendo em vista o alto custo envolvido, na ordem de 40 trilhões de reais.

Contudo, a boa notícia é que a energia hidrelétrica é hábil para funcionar como bateria do sistema estacionário. Mas para dar o devido suporte à implementação da energia solar, é necessário que a energia hidrelétrica seja otimizada por meio de redução de perdas do sistema. E, ainda, por meio de acréscimo da eficiência energética, bem como repotenciação das usinas.

Aumento da capacidade

Todo esse trabalho agregaria uma efetividade de 20% na energia armazenada nos reservatórios, aumentando sua capacidade. Assim, de acordo com a ANEEL, para cada 100 MWhs produzidos, somente 83 MWhs são faturados contra o sistema. Então, o restante, ou seja, os demais 17 MWhs são considerados perda.

Brasil no grupo de taxas com perda de transmissão acima de 15%

O nosso país pertence ao grupo de países que apresentam taxas de perda de transmissão e distribuição acima de 15%. Se pensarmos que seríamos capazes de chegar a um índice de perdas similar ao americano (5%), que custo esse trabalho teria?

Vamos imaginar um consumo de energia estacionária de 1,5 bilhão de MWhs/ano e um potencial de 10% de redução de perdas. Com isso, teríamos 150 milhões de MWhs/ano a mais de eletricidade para consumir ou armazenar.

A R$ 200/MWh (tarifa média da parcela de energia), isso equivaleria a um investimento de R$ 30 bilhões ao ano. Portanto, em 5 anos poderíamos alocar e amortizar R$ 150 bilhões para realizar esse objetivo.

Menos energia para o mesmo trabalho

Reduzir as perdas e aumentar a eficiência energética é uma forma fácil e barata de obter mais energia sem construir mais usinas. E, assim, se torna possível consumir menos energia para realizar o mesmo trabalho.

Nesse sentido, considerando um máximo de 100 pontos, o ranking da ACEEE situa a Itália e a Alemanha em uma marca de 75,5 pontos. Enquanto isso, o Brasil chega apenas a 35 pontos. Então, se conseguíssemos atingir uma eficiência semelhante à dos EUA (55 pontos), teríamos uma economia extra de energia próxima a 10%.

Otimização e economia – energia solar e gratuita em 2050

Esse trabalho de otimização poderia ser complementado com a repotenciação das 200 usinas hidrelétricas com idade média acima de 50 anos. Isso resultaria em uma economia de 20%, ou seja, de 1,5 bilhão para 1,2 bilhão de MWhs/ano consumidos. Consequentemente, aumentaria a energia armazenada nas usinas hidrelétricas.

Desse valor total, aproximadamente 480 milhões de MWhs/ano (40%) são consumidos durante o dia. Assim, de forma sincrônica, podem ser usados durante a produção de energia solar a um custo de implementação de R$ 660 bilhões.

Se levarmos em conta que hoje já pagamos quase R$ 100 bilhões/ano pela energia consumida, em 6 anos e meio, poderíamos amortizar o investimento.

E os outros 60%, como ficariam?

Quando não há luz solar, o que fazer com os 60% de energia capazes de abastecer a população? Considerando a otimização do sistema, os 60% de energia consumida no país representam 720 milhões de MWhs/ano.

E a energia média produzida nos reservatórios hidrelétricos fica em torno de 524 milhões de MWhs/ano. Dessa forma, a possibilidade de otimização disponibilizaria uma armazenagem para lá de suficiente para suportar os 200 milhões de MWhs/ano necessários para que o sistema funcione com segurança.

Como o consumidor final seria impactado com isso?

Um cálculo simples relativo à tarifa média de energia confere à produção uma fração de 30% dos custos da conta de luz. Assim, apesar de variar, esse custo médio está em torno de R$ 500 por MWh.

Partindo, então, deste valor, a parcela de geração de 30% fica em R$ 150/MWh. Com a inclusão dos tributos este valor chega a R$ 216 por MWh.

Redução significativa da tarifa de energia

Simplificando a ideia, se adotássemos a energia solar como a base da nossa matriz energética, mais a otimização do sistema, a tarifa média no Brasil reduziria em R$ 200,00. Dessa forma, seu custo final ficaria em torno de R$ 300/MWh.

Além disso, esse valor já integra o custo de recomposição do capital e isso já bastaria para manter o sistema, e com reflexos na intensidade energética do país.

Energia solar e gratuita em 2050: eficiência com mais economia

Nas últimas décadas, os EUA demonstraram que há uma relação positiva entre redução na intensidade energética de todos os setores juntos e o crescimento da economia.

Assim deduzimos que, no Brasil, uma redução significativa no custo da fatura de energia com a diminuição da intensidade energética proporcionará um uso mais eficiente de capital disponível à sociedade. Dessa forma, o impacto no crescimento econômico potencial do país pode ser relevante. Com isso, fica cada vez mais plausível a ideia de ter energia solar e gratuita em 2050.

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